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Mãe para sempre!

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Publicado em: 13 de maio de 2018 às 21:32
Atualizado em: 28 de março de 2021 às 11:12

Invertendo fatos, mãe de 74 anos cuida da filha

que sofre de uma doença degenerativa há anos

Vani Almeida, 74, cuida da filha Débora, 48, em período integral



A história de Vani Luzia da Silva Almeida, 74, é diferente do usual. Afinal, a professora aposentada está numa idade em que poderia receber os cuidados dos filhos. Porém, é ela quem cuida da filha Débora, 48, que há anos está paralisada por uma doença degenerativa. Casada com José Maria de Almeida, Vani teve, além de Débora, o filho Bruno.

A doença da filha surpreendeu, inclusive, os médicos. Afinal, Débora teve uma vida normal até perto dos 30 anos. Mas não deveria, segundo apontavam os exames de tomografia cerebral.

O caso dela é de uma má formação congênita no cérebro. No entanto, Débora não apresentou nenhum sintoma grave durante boa parte da vida. Aliás, frequentou a escola normalmente e estudou até piano. Chegou a se formar em Processamento de Dados, numa faculdade em Assis. Trabalhou na área durante um período.

Aos 20 anos, quando estava na faculdade, Débora teve um pequeno AVC. Era o primeiro sinal da doença. Ela ficou internada por uma semana em São Paulo, quando, só então, seu grave problema foi diagnosticado.

Os médicos não acreditavam que Débora tinha vivido normalmente por tantos anos. Seus exames chegaram a ser analisados por pesquisadores da USP.

A partir dos 27 anos de idade, sua condição começou a se agravar. Locomoção, fala e reflexos foram regredindo.

Hoje, aos 48 anos, está presa a uma cama. E a sorte dela é que tem uma mãe em tempo integral. Afinal, Vani deixou de ter uma vida normal para se dedicar totalmente à filha. É muito difícil, por exemplo, a professora sair de casa, nem mesmo para uma rápida compra no supermercado.

Desde agosto do 2017, Débora ficou em estado praticamente vegetativo. “Ela não fala e nem sabemos se nos reconhece”, conta Vani. O problema se agrava porque Débora tem constantes pneumonias. Ela sofre também com escaras, por ficar reclusa na cama.

A rotina da família foi totalmente alterada. A mãe Vani quase nem mais visita o filho, que mora em Teodoro Sampaio. Uma enfermeira auxilia a aposentada, mas Vani não deixa a filha por nada. Recentemente, chegou a permanecer ao lado de Débora durante uma internação de 43 dias na Santa Casa. Foi o tempo necessário para se curar uma pneumonia.

Vani mostra o piano que Débora costumava tocar: "Parece que ainda estou ouvindo"



Esperança

Vani, porém, não reclama. Sempre sorridente, ela ainda tem esperanças de que Débora melhore, ao menos um pouco. “Eu ainda penso em conversar com minha filha”, afirmou.

Dormindo e acordando ao lado de Débora, Vani aprendeu técnicas de primeiros socorros e até aplicar injeções. Apesar de não ter respostas, a mãe conversa com a filha. Diz que percebe quando Débora está brava, alegre ou agitada. “É coisa de mãe”, diz, sorrindo em meio a uma tragédia familiar.

A professora aposentada relembra que Débora brincava como qualquer outra criança. Na juventude, adorava dançar e pular carnaval. Quando teve o diagnóstico da sua condição, aos 20 anos, o médico orientou a não se casar. Por isso, Débora nunca manteve relacionamentos duradouros.

Enquanto aguarda uma reação qualquer da filha, Vani costuma andar pela casa revendo fotos e observando o piano que a filha gostava de tocar. “Parece que ainda ouço a música”, diz.

* Colaborou Toko Degaspari
SANTA CRUZ DO RIO PARDO

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