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Agenor culpa diretoria anterior por prejuízo que gerou processo judicial

Agenor culpa diretoria anterior por prejuízo que gerou processo judicial

Publicado em: 24 de agosto de 2019 às 18:33
Atualizado em: 25 de março de 2021 às 20:20

Ex-presidente disse que irregularidade aconteceu na gestão

anterior da Codesan e culpa até atuais dirigentes pela ilegalidade

Sérgio Fleury Moraes

Da Reportagem Local

O ex-presidente da Codesan, Cláudio Agenor Gimenez, culpou ex-dirigentes da atual autarquia e até atuais diretores pelo prejuízo causado pela contratação ilegal de uma empresa de São Paulo, que seria responsável pelo registro de algumas atas da antiga empresa de economia mista. As declarações foram feitas ao radialista Dario Miguel, da Band FM, na semana passada. Apesar de ressaltar que está desempregado e procura emprego “para pagar as contas”, Agenor disse que, no momento, não se sente abandonado pelos antigos companheiros políticos, mesmo sendo processado judicialmente pela Codesan para ressarcir os prejuízos.

O caso também está sendo investigado pelo Ministério Público, pois Cláudio Agenor Gimenez contratou a empresa Hasa Documentos sem licitação e com pagamento antecipado sem a realização dos serviços. Depois, não forneceu documentos necessários para que a Hasa providenciasse os registros. Por último, Agenor determinou ao jurídico da Codesan que cobrasse em juízo a devolução dos valores pagos — que alcançaram mais de R$ 13 mil.

Ao analisar o processo, o juiz Rafael Martins Donzelli, da comarca de Santa Cruz do Rio Pardo, percebeu a ilegalidade e pediu ao Ministério Público que apurasse o caso. Ele ainda julgou improcedente a ação de cobrança, sentença que foi mantida pelo Tribunal de Justiça.

Além disso, uma sindicância realizada pela própria Codesan condenou o ex-presidente a ressarcir os prejuízos. Segundo relatório final assinado pelo primo do prefeito Otacílio, o ex-presidente Diorges Bernardo Palma, Agenor “confessou” a irregularidade e foi o único culpado pela lesão aos cofres públicos. A autarquia, então, ajuizou uma ação de cobrança contra Cláudio.



Não aceita

Para Agenor, porém, a culpa é da diretoria anterior, ou, como disse na Band, “daquele outro presidente que o prefeito colocou lá”. Ele garante que a Hasa foi contratada em 2014, quando não era nem o presidente da empresa, mas não conseguiu provar a alegação com documentos. “Eu apenas fiz o pagamento em 2015, oito meses depois”, garante. “Eu não tenho como avaliar o que aconteceu antes”, afirmou.

Entretanto, não há contrato ou indicativos de que a Hasa foi contratada pela diretoria anterior. Ele lamentou a decisão judicial que julgou improcedente a ação de cobrança ajuizada pela Codesan contra a empresa. “Seja por ineficiência do setor jurídico da Codesan ou pela alta eficiência do jurídico desta empresa, o fato concreto é que este processo terminou e o juiz absolveu a Hasa”, afirmou.

Na época, o setor jurídico da Codesan estava a cargo do advogado Carlos Henrique Gonçalves de Oliveira, que é sócio do irmão de Agenor num escritório de advocacia em Santa Cruz. Gonçalves virou diretor administrativo-financeiro depois que o Ministério Público apontou que o cargo de assessor jurídico é técnico e só pode ser ocupado por um funcionário concursado.

Segundo Agenor, o fato do promotor ter instaurado um inquérito levou a Codesan a adotar as medidas contra ele, como processá-lo na Justiça. “Alguém tinha de ser responsabilizado por devolver aquele dinheiro. Mas eu entendo que tomei as providências”, disse.

‘Fogo amigo’

O ex-presidente da Codesan também disse que não teve o devido “direito à defesa” na sindicância instaurada pela Codesan e que conclui pela sua responsabilidade. “Eu não tive o direito à ampla defesa. É interessante porque o presidente da companhia não autoriza pagamentos ou assina cheques sozinho. O diretor financeiro Franco Ferraz de Oliveira também assinou junto comigo”, afirmou.

Agenor disse que não sabe como esta sindicância foi concluída, pois ele não teve um prazo para apresentar suas alegações finais e nem teria sido notificado. “Um dia, recebi um ofício da Codesan informando que eu havia sido condenado”, reclamou.

“As coisas começaram a se voltar para mim em dois momentos. O primeiro foi quando aquela ladra citou meu nome em um documento fajuto”, disse, referindo-se à ex-tesoureira Sueli Feitosa, operadora do esquema criminoso que desviou milhões dos cofres públicos. O segundo momento, segundo ele, foi durante a “CPI das Horas Extras”.

Agenor contou que havia pessoas interessadas em sua queda da presidência da Codesan. “Eu sei da história de uma pessoa importante que esteve na Câmara e deu três murros na mesa, dizendo que que não iria sossegar enquanto não derrubasse Cláudio Gimenez da Codesan”, contou, usando a primeira pessoa e se recusando a citar nomes. “É por motivos óbvios”, esclareceu.



  • Publicado na edição impressa de 18/08/2019


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