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Deputado Madalena não cede e vota a favor da PEC da Previdência de SP

Deputado Madalena não cede e vota a favor da PEC  da Previdência de SP

Publicado em: 13 de março de 2020 às 12:47
Atualizado em: 30 de março de 2021 às 06:46

Na terça-feira, servidores protestaram em frente ao

escritório do deputado da Assembleia Legislativa

O governador João Doria (PSDB)



André Fleury Moraes

Da Reportagem Local

O deputado estadual Ricardo Madalena (PL) não cedeu à pressão de servidores públicos e votou a favor da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que reforma a Previdência paulista.

Na manhã de terça-feira, cerca de 30 funcionários públicos, entre professores e coordenadores de escolas estaduais, se aglomeraram em frente ao escritório de Madalena em Santa Cruz do Rio Pardo, na avenida Carlos Rios, e protestaram.

“Ricardo, vota ‘não’”, diziam os servidores enquanto o professor Rogério Pegorer Plina, ex-diretor da escola “Arnaldo Moraes Ribeiro”, entregava um documento com assinaturas contra a reforma para uma funcionária de Ricardo Madalena, que trabalha no prédio.

A pressão não adiantou. Até o meio-dia da terça-feira, a PEC já estava aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo por 59 votos a favor contra 32 contrários. Um dos votantes, Madalena deu sinal positivo à emenda.

“É triste. O representante do povo precisa se atentar às necessidades da população”, declarou Plina. “O Madalena tem dado sinais de que não liga para a saúde do servidor público”.

Plina dizia, antes da votação — quando foi entrevistado —, ainda ter esperanças de que Madalena atendesse aos pedidos dos manifestantes e votasse contra o projeto. Do mesmo sentimento compartilhavam as outras dezenas de pessoas que também estavam no local.

Grupo de manifestantes foi até a porta do escritório político de Madalena



Os servidores se encontraram às 7h30 na praça São Sebastião, em frente à escola Leônidas Camarinha, e caminharam até o escritório do deputado.

A esta hora, o professor Carlos Eduardo Gonçalves, o “Duzão”, já estava em São Paulo e havia se juntado aos outros milhares de manifestantes nos corredores da Alesp.

Houve confronto com a Polícia Militar, que atirou bombas de efeito moral, tiros de borracha e gás de pimenta contra os protestantes. “Era um cenário de guerra”, disse Duzão, que também viu gente passando mal na repartição.

A reforma da Previdência paulista foi aprovada em segundo turno. Nos dois, Madalena se declarou favorável à matéria.

Na semana passada, ele disse ao DEBATE que a PEC era necessária porque dá ao Estado a chance de investir mais em áreas prioritárias. “São Paulo gasta R$ 29,5 bilhões todo mês para cobrir o rombo na Previdência paulista”, afirmou.

Entre outras coisas, a reforma aumenta a idade mínima para o servidor público poder se aposentar. Aos homens, 65 anos, e às mulheres, 62.

Professores e agentes de segurança pública se enquadram nos casos especiais — no primeiro caso, 62 anos para eles e 57 para elas. Aos agentes foi determinada idade mínima de 55 anos para ambos os sexos. 



  • Publicado na edição impressa de 08/03/2020


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