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Diretora da Câmara vai mudar de função para também reduzir salário

Diretora da Câmara vai mudar de função para também reduzir salário

Publicado em: 16 de abril de 2020 às 17:30
Atualizado em: 25 de março de 2021 às 07:12

Comissionada há 32 anos, Rosely

Rissato recebe em média R$ 12 mil

Sérgio Fleury Moraes

Da Reportagem Local

A funcionária comissionada com o segundo maior salário da Câmara não será demitida, mas vai mudar de cargo. Com isso, o presidente Paulo Pinhata vai “driblar” uma lei, aprovada no ano passado, que só reduz salários de um cargo quando houver a troca do ocupante. A diretora-geral Rosely Rissato é a mais antiga comissionada, ocupando cargo público desde 1988, ou seja, há surpreendentes 32 anos sem nunca ter passado por um concurso público. Assim como José Eduardo Catalano, demitido na semana passada, sempre foi “protegida” por alguns vereadores.

Em média, Rosely recebe mensalmente R$ 12 mil, embora o salário-base do cargo seja R$ 6.494,92. No mês passado, ela retirou R$ 18.392,99. Em março, 13.233,61. A diretora está afastada há dois meses, cumprindo férias vencidas. Quando retornar, deve ser exonerada do cargo e nomeada para outro, com salários em torno de R$ 4,3 mil.

Paulo Pinhata, na verdade, está cumprindo o que anunciou há meses: uma reestruturação para reduzir megasalários na Câmara de Santa Cruz do Rio Pardo. Segundo ele, as mudanças e exonerações vão significar uma economia de aproximadamente R$ 400 mil por ano. Ele já cortou, por exemplo, os estagiários e exonerou o assessor parlamentar José Eduardo Catalano.

Na verdade, Pinhata pode estar livrando a Câmara daquilo que numa empresa se chama “panelinha”. Nos últimos meses, ele sempre elogiou o trabalho dos comissionados, insistindo em dizer que eles não têm culpa dos altos salários.

No entanto, nos bastidores a realidade é completamente diferente. Os salários foram sendo reajustados ao longo dos anos por uma negociação entre vereadores e os funcionários.

Na semana passada, Pinhata abriu parcialmente o jogo, primeiro na rádio 104 FM e depois ao DEBATE. Contou, sem citar nomes, que alguns comissionados são ligados a vereadores e fazem negociações a portas fechadas.

Além disso, disse que recebe pressões de vereadores quando sugere discutir redução salarial para comissionados. Segundo ele, alguns colegas já telefonaram ao presidente para defender a manutenção de determinados funcionários.

De fato, ainda há vereadores na Câmara que foram responsáveis, ao longo de vários mandatos, para a criação dos megasalários.



  • Publicado na edição impressa de 12/04/2020


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