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Base de Pocay engaveta CPI que apurava suposta extorsão a empresário

Base de Pocay engaveta CPI que apurava suposta extorsão a empresário

Publicado em: 05 de outubro de 2020 às 21:05
Atualizado em: 29 de março de 2021 às 23:27

Prazo da Comissão Parlamentar de Inquérito expirou, e governistas rejeitaram prorrogá-lo

André Fleury Moraes

Da Reportagem Local

Vereadores aliados do prefeito de Ourinhos Lucas Pocay (PSD) engavetaram a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apurava a denúncia à Polícia Federal feita pelo empresário Ricardo Xavier Simões, proprietário da Delfim Verde Empreendimentos.

Instaurada em maio, um dia após reportagem do DEBATE que trouxe a público o depoimento de Ricardo à PF, o prazo da CPI já se expirava e teria de ser prorrogado para continuar com os trabalhos. A CPI foi interrompida por 11 votos a 4.

O vídeo da sessão da Câmara também não está disponível no youtube. Imprensa e munícipes estão impedidos de entrar no recinto em função da pandemia do novo coronavírus.

Em depoimento à PF em maio, o empresário acusou o prefeito Lucas Pocay, o ex-prefeito e ex-deputado Claury Alves da Silva e outros aliados de tentativa de extorsão para quitar débitos pendentes com a prefeitura.

Com dificuldades financeiras, a Delfim Verde Empreendimentos — que construiu, entre outras obras, o luxuoso Royal Park — acumulou uma dívida de IPTU e tentou negociar com o município um acordo que incluía a entrega de um terreno de 14 mil metros quadrados à administração ourinhense.

Foi quando entraram em cena, segundo o depoimento, Pedro Vinha Júnior e Osvaldino Araújo — ex-secretário de Assuntos Jurídicos e atual secretário de Finanças, respectivamente —, ambos apontados na denúncia.

“Pedro Vinha Júnior compareceu à sede da empresa, afirmando que a Delfim teria de doar ou ceder quatro lotes do loteamento Royal Park Prime, sendo que os lotes seriam destinados a Pedro Vinha, Osvaldino Araújo, a Lucas Pocay e a outra pessoa não identificada”, diz o depoimento de Ricardo.

Na época, o prefeito reagiu à reportagem do DEBATE e disse que o jornal teria interesses eleitoreiros. Pocay também afirmou que processaria Ricardo Simões, mas não chegou a entrar na Justiça. Todos negam as acusações.

A base aliada do prefeito chegou a tentar cassar o vereador Edvaldo Lúcio Abel — o “Vadinho” —, que conseguiu na Justiça sua permanência no Legislativo.

O argumento dos vereadores governistas foi de que o Ministério Público chegou a abrir um procedimento para investigar o caso, mas que acabou arquivado poucas semanas depois, quando Ricardo recuou da denúncia em depoimento ao MP.

O empresário Ricardo Simões, por sua vez, se recusou a depor na CPI porque o secretário Osvaldino levou estava acompanhado por um advogado.

Em pronunciamento na sessão da Câmara na semana passada, o presidente da Comissão Cícero Investigador (Republicanos) criticou a votação. “Quem não deve, não teme”, disse.

Para o vereador, o fato de o Ministério Público ter arquivado a denúncia não impede a Câmara de investigar. “Se surgisse um fato novo, ele seria encaminhado ao MP. E a investigação poderia ser retomada”, alegou.

A oposição se queixa de que o prefeito teria atrasado os trabalhos da comissão ao não entregar documentos solicitados dentro do prazo requerido. Cícero chegou a enviar um ofício à prefeitura pedindo os documentos em cinco dias sob pena de desobediência.

“Ainda que a investigação desse em nada, é preciso apurar. E eles atrasaram os nossos trabalhos”, afirmou ao DEBATE o republicano.

Ele refuta as críticas que sofre a Câmara de Ourinhos e diz que Pocay é o responsável por tirar o crédito do Legislativo municipal. “Fica o sentimento de dever cumprido pelo menos”, lamenta. 



  • Publicado na edição impressa de 27 de setembro de 2020


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