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Chavantes amarga vários dias sem água

Chavantes amarga vários dias sem água

Publicado em: 07 de janeiro de 2021 às 16:19
Atualizado em: 30 de março de 2021 às 12:34

Problema aconteceu num dos poços de abastecimento; situação se normaliza

Sérgio Fleury Moraes

Da Reportagem Local

O desmoronamento de uma bomba d’água dentro do principal poço artesiano que abastece a população de Chavantes deixou o município praticamente dez dias sem água nas torneiras. O problema foi mais sentido nos bairros Jardim Nosso Lar, Cohab “Orlando Quagliato” e Inocoop “Leonel Pereira da Cunha”, que ficaram praticamente sem água. O centro da cidade também sofreu em alguns períodos, quando a prefeitura precisava desligar o abastecimento para encher os reservatórios.

O problema começou a seis dias do Natal, no dia 19 de dezembro. A princípio, imaginava-se que seria uma falha técnica, com a queima da bomba que funciona no principal poço artesiano de Chavantes, responsável por 60% de todo o abastecimento do município. O equipamento fica na fazenda Santo Antônio.

O serviço de água e esgoto da cidade é controlado pela prefeitura. Chavantes não capta água do rio Paranapanema, que banha o município, porque a cidade fica aproximadamente a 10 quilômetros de seu leito. Há pelo menos sete poços espalhados pelas imediações da área urbana, um deles perfurado recentemente pela prefeitura e que está em fase de aprovação dos órgãos ambientais. Outro é exclusivo para abastecer o distrito de Irapé.

O prefeito Márcio Jesus do Rego, o "Burguinha"



No entanto, dois dias depois a notícia era ainda pior: a bomba de duas toneladas caiu dentro do poço, numa profundidade de quase 40 metros, danificando as paredes do sistema e destruindo o filtro. O prefeito Márcio Burguinha de Jesus do Rego (PSDB) determinou a abertura de sindicância para descobrir a causa do acidente. Segundo ele, o problema pode ter sido causado por causas naturais, como chuvas ou raio, falhas técnicas ou até mesmo por sabotagem.

Nos primeiros dias, toda a cidade ficou sem água. Depois, o centro voltou a ter abastecimento durante algumas horas do dia. No Natal, a falta de água se agravou e começaram os protestos contra a administração, inicialmente pelas redes sociais.

Grupos de pessoas fizeram protestos na porta da prefeitura, com baldes nas mãos, e a casa do pai do prefeito chegou a ser apedrejada, segundo admitiu o próprio Burguinha. “Isto é vandalismo”, reclamou.

O prefeito começou a fazer vídeos diários explicando o problema e conseguiu mobilizar a população numa corrente de solidariedade. Ao mesmo tempo, Burguinha pediu ajuda aos prefeitos de Ipaussu e Santa Cruz do Rio Pardo, que enviaram caminhões-pipa para distribuir água à população de Chavantes.

Caminhão da usina São Luiz abastece o único hospital de Chavantes



A usina São Luiz, do grupo Quagliato, também enviou caminhões e foi a responsável pelo abastecimento diário da Santa Casa do município.

Os moradores também encontraram alternativas. O bairro criado a partir do loteamento da “Loteadora Quatro Irmãos” não sentiu o problema porque possui abastecimento próprio. Porém, os moradores improvisaram mangueiras conectadas umas às outras, baldes e garrafas pets para abastecer famílias de outros bairros. Um comerciante colocou dezenas de garrafas pets em frente ao seu estabelecimento, para doação em troca de uma garrafa vazia.

A expectativa do prefeito Burguinha é que o abastecimento esteja normalizado pelo menos no feriado de Ano Novo. Ele explicou que a empresa que prestou serviço no poço foi afastada até o final da sindicância. Uma segunda empresa teve dificuldades, mas conseguiu recuperar parcialmente o poço. “Ele vai funcionar com metade da capacidade anterior”, disse.

Segundo o prefeito, um poço novo foi perfurado há meses e precisou ser ligado emergencialmente há alguns dias para normalizar o abastecimento. “Nosso próximo passo será melhorar a capacitação deste poço. Além disso, já estamos realizando, em parceria com a CPFL, uma organização de todo o sistema de abastecimento de água de Chavantes, como reforma em reservatórios e troca de bombas”, afirmou.

O investimento, contou, será de aproximadamente R$ 1 milhão e pode sanar o problema crônico de falta de água na cidade, que ocorre há muitos anos e é fruto da falta de investimentos no sistema durante décadas. 



  • Publicado na edição impressa de 1º de janeiro de 2021


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