Publicado em: 19 de maio de 2023 às 00:47
No dia 5 de maio, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou o fim da emergência internacional de saúde pública da Covid-19. A declaração ocorreu mais de três anos depois, quando vivemos uma explosão de casos e muitas mortes pelo vírus em todo o planeta. Foram quase 7 milhões de mortes em todo o mundo. Só no Brasil foram 700 mil vidas perdidas para o vírus e para o negacionismo e negligência do governo.
Mas o que fez a OMS declarar o fim da emergência, mesmo com o vírus circulando por aí? A mortalidade diminuiu e os níveis de imunidade cresceram em decorrência da vacinação. Obviamente, a ciência estava certa e por isso podemos celebrar o fim da pandemia. Estratégias como intensificar hábitos de higiene, fazer o uso da máscara e o distanciamento social frearam o vírus naquele primeiro momento, possibilitando que a ciência criasse uma vacina eficaz e capaz de gerar a imunidade necessária que nos trouxe até aqui.
Quando tudo isso começou, não sabíamos o que estava acontecendo, tampouco o que viria pela frente. Quando vi a primeira pessoa usando máscara me assustei. O cancelamento das aulas das crianças indicava a gravidade da situação. Os relatos que vinham da linha de frente eram desesperadores. Sair de casa para fazer coisas simples, como ir ao supermercado, era uma operação de guerra. Ficar longe das pessoas queridas foi um grande desafio e só não enlouquecemos porque a arte nos salvou.
Nós, que não paramos de trabalhar, tivemos que lidar com o medo de trazer o vírus para a casa e a cada sintoma gripal pensávamos: chegou a nossa vez e como vai ser? Eu tive a sorte de não ter perdido nenhuma pessoa próxima, mas a cada morte anunciada era um pesar e muitas me comoveram profundamente. No meio disso tudo, o Brasil ainda teve que lidar com um presidente que negava a gravidade da situação, indicava remédios ineficazes, boicotava as estratégias de saúde, dificultava o acesso a vacinação e, ainda como se tudo isso não bastasse, debochava dos mortos e das pessoas enlutadas. Foram tempos difíceis e me alegra saber que eles ficaram no passado.
Esta semana tomei a vacina bivalente da covid e fui contagiada por um sentimento de gratidão por ter sobrevivido, por ter acreditado na ciência e aprendido que a vida é um processo e que hoje estamos aqui, mas amanhã a gente não sabe. Vacinem-se para que a gente continue vencendo essa batalha.
Antiella Carrijo Ramos é psicóloga e trabalhadora da Assistência Social em Santa Cruz do Rio Pardo
Previsão do tempo para: Terça
Durante a primeira metade do dia Céu nublado com aguaceiros e tempestades com tendência na segunda metade do dia para Períodos nublados com aguaceiros e tempestades
COMPRA
R$ 6,06VENDA
R$ 6,06MÁXIMO
R$ 6,10MÍNIMO
R$ 6,00COMPRA
R$ 5,91VENDA
R$ 6,27MÁXIMO
R$ 6,12MÍNIMO
R$ 6,04COMPRA
R$ 6,36VENDA
R$ 6,37MÁXIMO
R$ 6,41MÍNIMO
R$ 6,35Voltar ao topo