Publicado em: 09 de dezembro de 2023 às 22:24
O fim do ano está batendo na porta. As cores do natal já invadem a nossa vida e a sensação que eu tenho é que o tempo correu rápido demais. Eu ainda não comecei a pensar no Natal. A vida corrida, a rotina intensa de trabalho e o calor fora do comum têm me coagido a protelar esse planejamento.
Tenho enfrentado um dia de cada vez, deixando de lado a pretensão de ter o controle de tudo, porque na verdade, as coisas sempre saem fora do lugar.
Mesmo não sabendo como será o Natal, este ano resolvi encontrar tempo e disposição para atender ao pedido das minhas filhas e renovar os enfeites de Natal. Elas sabem do meu desinteresse por enfeitar a casa, mas estão cansadas da minha justificativa, de que não há necessidade, porque sempre viajamos nesta época do ano.
A vida passa rápido demais e não é fácil lidar com a imprevisibilidade, tampouco com a intensidade da rotina da vida adulta, por isso é preciso construir memórias e criar afetos. A gente dá pouco valor para o cotidiano, sempre deixamos muita coisa para depois, que por parecerem pequenas, são desprezadas, nos impedindo de perceber a potencialidade que elas têm para fazer as pessoas felizes. Ainda não há fórmula milagrosa que controle a aceleração da vida e diminua a ansiedade que nos invade sem pedir licença, nos privando de sentir a beleza que existe nas coisas miúdas do cotidiano.
No meu caso, tenho me permitido fazer pausas, novos vínculos, respirar fundo, descansar, silenciar, aprender, refletir e buscar por relações em que eu possa ser eu mesma, para além das funções que executo e dos papéis sociais que exerço. Essas práticas me ajudam a estar mais atenta aos detalhes, que são capazes de gerar encantamento, quando olhamos o mundo com amor e encaramos a vida de maneira mais franca, buscando identificar o que realmente importa para a nossa felicidade.
É difícil compreender que a felicidade está no miudinho, nas coisas simples que acontecem, nas brechas daquilo que planejamos. Eu mesma nunca pensei que seria tão feliz no fundo do quintal. Ali, onde esperei a pandemia passar, hoje espero Natal, enquanto leio um livro, escrevo, as crianças brincam, as plantas crescem, a cachorra corre, os amigos aparecem e a assim vamos encontrando formas para sermos mais felizes.
Antiella Carrijo Ramos é psicóloga e trabalhadora da Assistência Social em Santa Cruz do Rio Pardo
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