Publicado em: 29 de novembro de 2023 às 22:16
O debate sobre o racismo avançou e chegou em muitos lugares. Ele está em nossas casas, nas redes sociais, na mesa do bar, em todo canto. Tem sido comum encontrar narrativas e práticas engajadas no combate à discriminação racial.
É fato que avançamos, o reconhecimento do dia da Consciência Negra e a luta organizada do movimento negro colaboraram para a ampliação da informação, sobre a história, a vida e os desafios vivenciados pelos negros escravizados, desde que chegaram no Brasil.
Hoje em dia, não podemos mais ignorar o conhecimento produzido por pessoas negras a respeito de suas próprias vidas. Elas estão por aí, em muitos lugares, resistindo e produzindo novas narrativas. Narrativas que contam a verdadeira história da participação do negro na construção do Brasil, escancarando as dores e as fissuras sociais que se originaram no período de escravização e permanecem até os dias de hoje. É fundamental celebrar cada avanço que combata o racismo, eles são os pilares para o desenvolvimento de práticas que buscam o desenvolvimento de relações sociais numa lógica antirracista, mas também é fundamental continuar a luta.
O racismo é um sistema que estrutura as relações da nossa sociedade, e mesmo que a gente se recuse a encarar e assumir essa condição, ele está internalizado em cada um de nós e é preciso aceitar que é impossível não ser racista, numa sociedade fundada a partir deste sistema de opressão.
Neste contexto, ainda é muito comum, pessoas brancas se defenderem desta tese, justificando que não são racistas por que se relacionam, empregam e nunca foram hostis com pessoas negras, mas quando passamos a compreender o racismo como estrutural, esse tipo de justificativa se mostra vazia, sem sentido e revela o racismo impregnado em nós, inclusive naqueles que são bem intencionados e aliados à luta.
Nós, pessoas brancas, precisamos reconhecer que os nossos privilégios foram construídos a partir da opressão de outros grupos e qualquer teoria ou ideia que os reconheça como algo natural ou resultado de um esforço pessoal fortalece o sistema racista, ampliando o abismo social entre negros e brancos. A verdade é que os indicadores sociais do Brasil apontam que o bônus da vida social recaí ao sujeito branco, enquanto o ônus é sempre herdado pelo sujeito negro e essa situação requer uma reparação urgente.
Antiella Carrijo Ramos é psicóloga e trabalhadora da Assistência Social em Santa Cruz do Rio Pardo
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