Publicado em: 11 de agosto de 2023 às 00:28
Tenho amigos de longa data. Alguns conquistei na infância, outros na época da universidade e tantos outros na vida adulta. Esta semana reencontrei uma grande amiga da vida adulta. Não nos víamos desde 2019. Nos conhecemos em Santa Cruz Rio Pardo, logo que cheguei aqui. A primeira impressão que tivemos uma da outra não foi das melhores, mas com o tempo, a gente se aproximou e a Assistência Social passou a ser um espaço compartilhado por nós. Em 2008, começamos a trabalhar na Secretaria de Assistência Social e nossas diferenças, que não eram poucas nem pequenas, foram se ajeitando no meio da nossa vontade de trabalhar e transformar o mundo.
Além de parceiras no trabalho, nos tornamos grandes amigas, daquelas que compartilham segredos, dores e alegrias. O vínculo que nasceu no trabalho se fortaleceu e logo nos transformamos em companheiras de vida. Algum tempo depois, ela mudou de cidade e já faz tempo que não dividimos o cotidiano. Desde então, tivemos poucos encontros, mas todos os encontros que tivemos, foi como se o tempo não tivesse passado e toda a distância que nos separa não fizesse a menor diferença para o afeto e a história que nos unem.
Na noite que nos encontramos, enquanto ela nos atualizava sobre a sua vida, fiz questão de observá-la e enquanto ela falava, minhas lembranças buscavam os momentos que vivemos e, naquele instante, percebi que amizades verdadeiras são assim, não importa o tempo e a distância, porque o amor e o afeto estão consolidados na história vivida e na construção de vínculos de confiança, respeito e lealdade.
Em algum momento da nossa conversa, minha amiga me confidenciou que teve vontade de comentar meus textos, mas preferiu não dar a sua opinião, já que muitas vezes ela tem um posicionamento contrário ao meu. Fiquei refletindo e ao me despedir, pedi para que ela nunca deixasse de ler o que escrevo, pelo medo de me criticar, a lembrei que nossos pensamentos divergentes nunca foram impedimento para o diálogo. Expliquei que a sua opinião, mesmo que contrária, era importante para mim, pois me faria ver as coisas numa perspectiva diferente e mesmo que eu não mudasse de opinião, isso desenvolveria a minha escrita e ampliaria a minha visão de mundo. Voltei desse encontro convicta de que um verdadeiro amigo não nos diz somente o que a gente quer ouvir, mas nos diz o que a gente precisa ouvir.
Antiella Carrijo Ramos é psicóloga e trabalhadora da Assistência Social em Santa Cruz do Rio Pardo
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