Publicado em: 20 de outubro de 2023 às 00:07
As guerras e os conflitos armados estão sempre relacionados às questões de domínio econômico, disputas religiosas e culturais, interesses políticos e invasões territoriais, o poder e o dinheiro sempre falam alto, ditam as regras, as armas e as estratégias, que não respeitam a dignidade da pessoa humana. A primeira guerra que acompanhei, fora dos livros escolares, na década de oitenta, foi o conflito entre o Irã e o Iraque e embora haja guerras em muitas partes do mundo, desde que me conheço por gente, o Oriente Médio sempre foi palco de disputas. Na década de 90, acompanhamos a guerra na Bósnia, os conflitos de Kosovo e a guerra no Iraque. Mais recentemente, acompanhamos a guerra civil na Síria, o conflito entre a Ucrânia e a Rússia e no último fim de semana, mais uma vez, Israel e Palestina protagonizaram ataques, que, em poucos dias, deixaram muitos mortos e feridos e os níveis de violência e violação de direitos humanos crescem numa escalada desumana e sem precedentes.
Mas não é propriamente sobre as guerras e os conflitos que quero falar, mas sim como estes nos atravessam, mesmo acontecendo a tantas léguas daqui. Uma postagem do colunista Anderson França me fez pensar sobre isso e refletir que sempre que é deflagrado algum conflito em alguma parte do mundo, nós, brasileiros, mesmo sem informações, para compreender criticamente a conjuntura, tomamos um lado e, prontamente, decidimos ser humanitários. Rapidamente, nossas redes sociais são inundadas por mensagens de apelo, pedidos de orações e é comum nos depararmos com a famosa frase “pray for”. A verdade é que nos solidarizamos com a tragédia que está longe e as tragédias que acontecem ao nosso lado, fingimos não ver. Nos revoltamos ao nos depararmos com as pessoas e os povos violentamente atacados ao redor do mundo, mas desconsideramos as pessoas que morrem, diariamente, no Brasil, em decorrência de conflitos armados que acontecem nas periferias do país. Muita gente morre em decorrência da violência provocada nestas disputas, crianças e adolescentes não são poupados e sempre encontram uma bala perdida no caminho. A verdade é que nossa solidariedade seletiva, lamenta as mortes que acontecem ao redor do mundo, mas pouco se importa com as mortes que acontecem ao nosso lado.
Antiella Carrijo Ramos é psicóloga e trabalhadora da Assistência Social em Santa Cruz do Rio Pardo
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