Publicado em: 22 de maio de 2021 às 01:51
Atualizado em: 27 de maio de 2021 às 15:48
Não é a primeira vez que escrevo sobre o poder da música em nos conectar com o que sentimos e pensamos. Para mim, a música é como um mantra, uma forma de encontrar respostas. Sempre tenho uma música na cabeça e quando me faltam as palavras, ela está lá criando sentidos e significados. Nesta semana recheada de pautas importantes, uma música me fez escolher o tema dessa coluna, me conectando àquilo que eu acredito como uma verdade sobre o amor, que toda forma de amor é justa e quem sou eu para dizer o contrário. Obrigada, Lulu Santos!
No dia 17 de maio celebramos o Dia Internacional da Luta contra a LGBTQIA+fobia. A escolha da data ocorreu em 1990, quando a homossexualidade foi excluída da classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. Nesta data o termo homossexualismo também passou a ser desconsiderado, por se tratar de um conceito associado a patologias e anormalidades. Além de celebrar a mudança realizada, a data também simboliza a luta por direitos, missão urgente no Brasil que é considerado um dos países que mais discrimina e mata pessoas LGBTQIA+ no mundo.
Mas o que é LGBTQIA+fobia? É o sentimento de ódio ou repulsa por pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queers, intersexo e assexuais que se revela em forma de preconceito ou discriminação, explicita ou velada, e que deve ser combatida, para que se estabeleça uma sociedade baseada na tolerância e no respeito ao próximo, independentemente da sua orientação sexual e/ou identidade de gênero.
Não cabe a mim, nem a ninguém, ser contra ou a favor da orientação sexual do outro, cada pessoa é livre para amar e se relacionar com quem desejar. Amor é amor e de uma coisa eu tenho certeza, só evoluiremos como seres humanos e sociedade, quando conseguirmos desejar a felicidade a qualquer um que seja, permitindo com que as pessoas tenham orgulho (e não medo) de ser quem são, porque não se trata apenas de aceitar, mas de respeitar todas as formas de amar e viver, garantindo a liberdade de ser quem se é, rompendo com os preconceitos e construindo uma sociedade que garanta a diversidade e o direito de todas as pessoas. Não existem condições ideais de amor, o que existe é o amor e ponto final. Errado é não amar! Errado é o nosso preconceito!
Antiella Carrijo Ramos é psicóloga e trabalhadora da Assistência Social em Santa Cruz do Rio Pardo
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