Publicado em: 02 de setembro de 2023 às 01:28
Tenho lembranças do envolvimento do meu pai na política bauruense e dos comícios que ele me levava na década de 80. Na escola, minha atenção sempre voltada para aulas de história que me forneceram um pouco de conhecimento crítico. Na universidade pública, foi o movimento estudantil que chamou a minha atenção e, embora não tenha me engajado diretamente nele, a participação nas assembleias dos movimentos de greve me permitiu compreender que a garantia de direitos é um processo de conquista e resultado de muita luta política, porque direito e liberdade não são concedidos, eles exigem uma busca permanente.
Mais tarde, as intervenções de estágio e a convivência nas periferias de Bauru me permitiram estar em contato com o cotidiano de famílias e comunidades alienadas de seus direitos. As experiências que vivi na periferia da cidade criaram um sentimento de empatia e também uma revolta que me fizeram querer transformar as coisas. Ainda na universidade, o trabalho de articulação com lideranças comunitárias me trouxe o entendimento sobre a necessidade de criar espaços de diálogo e debate sobre os problemas da realidade e sobre estratégias coletivas que busquem construir condições favoráveis para o desenvolvimento de práticas sociais que permitam uma vida digna e mais feliz. Na Assistência Social, tenho buscado desenvolver uma atuação posicionada politicamente em defesa da construção de uma sociedade com justiça social. Essas histórias que contei, fundamentam os meus desejos de construir novos espaços de atuação política para o desenvolvimento de um diálogo mais plural, diverso e transformador.
Viver é um ato político, porque tudo, de alguma forma é político. A maneira como se vive manifesta as nossas escolhas, que dizem muito sobre nós, sobre a sociedade e sobre o nosso desenvolvimento enquanto coletividade. A forma como tratamos as pessoas, como nos relacionamos, como nos preocupamos com o meio ambiente, como convivemos, o respeito às leis, aos outros, os exemplos aos filhos, os processos educacionais, a postura no trabalho, as manifestações culturais dizem muito sobre nós e expressam questões políticas que sustentam a vida e determinam o nosso lugar. Para além das eleições, política é a capacidade do ser humano de estabelecer relações, conviver e criar diretrizes e estratégias que organizem os modos de vida, na busca permanente de promover o bem de todes.
Antiella Carrijo Ramos é psicóloga e trabalhadora da Assistência Social em Santa Cruz do Rio Pardo
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