Diva Fernandes

Parabéns, professoras(es)

Coluna de Diva Fernandes

Parabéns, professoras(es)

Publicado em: 20 de outubro de 2023 às 00:04

“Não sei se avida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos os corações das pessoas” (Cora Coralina).

As palavras reordenam o tempo e na nova ordem fiam como tecelãs do destino que nada mais é, que uma escolha, ora gentil, ora fustigante, sempre escolha. A travessia entre a escrita e a leitura consagra-se na alma de quem escreve, aventurando como receptáculo na alma do leitor. Sou extremamente apaixonada pela arte da leitura assim como pela grandiosa e bela arte da escrita. Sou escritora. Antes, porém, sou leitora. Estava com seis anos de idade quando já encantada pela leitura (aprendi com minha mãe) conheci a primeira professora numa escola recém-formada por grande esforço de meu pai, localizada numa área rural, hoje município da bela Espírito Santo do Turvo.

Dona Maria Cecília Manfrin, residente à época em Santa Cruz do Rio Pardo, viajava todos os dias no percurso de aproximados trinta km, parte da viagem numa estrada de terra repleta de aclives e declives, para encantar seus alunos com o ministério da pedagogia. Puro amor pelo ensino brilhava na juventude de seu olhar.

As múltiplas influências das emoções decorrentes na vida determinam a formação dos laços da empatia que ampliam o universo da capacidade de sermos generosos, possibilitando a construção da justiça que gera a paz. Refletindo os passos que aqui me trazem, é fácil ver as marcas da experiência de amor revelada por cada uma das professoras e cada um dos professores; todos, de modo especial minha mãe e meu pai que mesmo sem acesso a formação escolar, moldaram o caráter de quem eu sou.

Fortes lembranças repletas de gratidão e afeto adentram minha alma, despindo a sensibilidade nesta construção do conhecer, constante, permanente, enquanto leio a notícia de um número imenso de pessoas analfabetas no Brasil. Inquietante a realidade deste cenário, pautado na desvalorização dos professores e no descontentamento existencial, sobretudo de grande parte da juventude no aprendizado oferecido.

Fundamental a efetividade do princípio básico da educação transmitida no núcleo familiar para que alcancemos a realização, ora utópica, da transformação social que eliminaria o vício da violência. A quimera do descaso familiar provoca esse aumento surreal da população carcerária; um resultado de consequências individuais e coletivas que afeta a cada uma e cada um de nós, viventes neste Brasil de belezas raras.

O amor não é complexo, é uma dádiva que influencia o pensamento e o comportamento, alinhando nossas escolhas. Ressignificar o universo escolar, demanda ressignificar o amor e compreendê-lo no desenvolvimento transformador da sociedade para o bem comum. Por todo o vosso esforço e dedicação, bradamos parabéns Professoras e Professores, formadores de todas as profissões, formadores de vida!


Diva Fernandes

Diva Fernandes

Escritora nascida em Espírito Santo do Turvo, é autora dos livros “Marcas do Chumbo – A História do Menino David” e “Ave Lux! Salve Luz! Vozes da História a Serviço da Fé"


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