Um outro mundo é possível

Diante da afirmativa presente insere-se o questionamento: o que faço eu para a formação deste outro mundo possível? A nitidez objetiva da frase título do texto consignada em quase toda manifestação, sobretudo, aquelas relacionadas aos movimentos sociais, deixa explícito o desenvolvimento de um discurso global.

Ora, se essa é a forma de pensamento coletivo do momento, o que estamos deixando passar que impede a efetividade da permanência deste outro mundo possível? Eventos grandiosos são idealizados e realizados na projeção de base para a construção de elementos agregados ao sonho novo, evidenciando a beleza da leveza do ser humano integrado na responsabilidade do bem comum.

A evolução da ciência e da tecnologia caminha na velocidade da luz; logo, a metodologia dinâmica da construção de uma nova sociedade que surge na roda da vida na terra de tempos em tempos, é prerrogativa do dever de amparar-se na constituição capitular à sombra da “vida em abundância”.

Na perspectiva da erradicação da exclusão social e da violência, comportamento existente na humanidade desde sua criação, estamos todos, aprisionando-nos no próprio eu, individualizando-nos nas redes sociais, copiando discursos evasivos de responsabilidade concreta.

A medida exata seria a promoção da felicidade, cada um no próprio limite. Há tantos que o fazem sem medir esforços, possibilitando a formatação de novas regras para o utópico bem comum. As transformações ocorridas nos últimos tempos acenam para um futuro obscuro, temeroso, desafiador, determinando a necessidade de um olhar atento aos impactos produzidos.

Ressalto a roda da vida, lembrando que as grandes transformações anteriores estavam muito distantes do evento tecnológico e até da própria energia elétrica. A influência das organizações globais atualmente, podem favorecer a formação de um outro mundo possível. Porém, pertence a mim e a você também, a formação de uma sociedade moldada no conhecimento e na sabedoria sustentáveis para o planeta e seus habitantes.