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Após incêndio, Riopardense abandona serviço e Codesan assume às pressas

Após incêndio, Riopardense abandona serviço e Codesan assume às pressas

Publicado em: 31 de julho de 2019 às 15:11
Atualizado em: 30 de março de 2021 às 14:18

Transporte urbano coletivo  é "estatal"

desde a manhã de quarta-feira, 31

A prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo, através da Codesan, assumiu nesta quarta-feira o serviço de transporte coletivo urbano. O fato estava programado para acontecer na próxima segunda-feira, 5, mas a Riopardense alegou que seus únicos dois ônibus quebraram pela manhã e não há condições de substituição.

A Codesan já havia treinado seus motoristas e os ônibus adquiridos pela administração estavam prontos para operar. Mesmo assim, o governo está solicitando a compreensão de passageiros porque podem ocorrer falhas, já que o serviço foi assumido às pressas.

Por enquanto, a circular não vai rodar aos domingos, já que a fase inicial será de testes. No entanto, o secretário Gerson Garcia informou que a administração tem planos de manter o serviço durante algumas horas aos domingos e feriados. Além disso, 50 pontos serão totalmente reformados nas próximas semanas.

No primeiro mês de implantação do transporte urbano coletivo “estatal”, não haverá cobrança de tarifas. A gratuidade, porém, termina no início de setembro, quando a passagem voltará a ser cobrada. Segundo o governo, o valor será R$ 3,50.




COMBATE — Bombeiros só apagaram o incêndio uma hora depois do início



Incêndio marca fim da Riopardense

Perícia investiga as causas do grande incêndio na sede da

empresa, que destruiu sete ônibus que estavam sucateados

SUSTO — Amarildo participou de ação rápida da fábrica de calçados ‘Peão’



O fim da Riopardense em Santa Cruz foi selado na tarde de sexta-feira, 26. Um incêndio de grandes proporções atingiu o pátio da empresa e pelo menos sete veículos sucateados foram totalmente consumidos pelo fogo. Os dois ônibus que ainda faziam o transporte coletivo não foram danificados, mas continuaram em serviço apenas até esta quarta-feira, 31, quando a empresa informou que ambos quebraram. Na hora do incêndio de sexta-feira, um estava em serviço nas ruas, enquanto o outro encontrava-se na oficina, que fica do outro lado dos veículos destruídos pelas chamas. Ninguém ficou ferido.

A Riopardense deixaria de operar em Santa Cruz no próximo dia 5, quando terminaria o contrato com a prefeitura. Entretanto, o abandono foi antecipado. Ao DEBATE, o gerente da empresa já havia sugerido que a Riopardense poderia abandonar o transporte antes do tempo.


Segundo informações, o fogo de sexta-feira teria começado num terreno ao lado, separado por um muro. As chamas, porém, se alastraram rapidamente e atingiu a área da Riopardense, onde estava uma fileira de ônibus sem condições de uso. Do primeiro ao sétimo veículo, foi uma questão de minutos para a destruição total.

No entanto, somente a perícia da Polícia Científica vai confirmar as causas do incêndio, já que a hipótese de um incêndio criminoso não está descartada. A perícia foi realizada no final da tarde de ontem, no pátio da Riopardense. Não há prazo definido para o laudo da investigação.

A Riopardense há tempos enfrenta graves problemas e foi totalmente abandonada pelo proprietário, Samuel da Silva Santos. Ela estava sendo administrada pelo gerente Luiz Roberto de Oliveira. O fim da empresa aconteceu nesta quarta-feira, 31, quando a Riopardense abandonou definitivamente o transporte público em Santa Cruz do Rio Pardo.

TRABALHO — Chamas voltaram várias vezes durante a ação dos bombeiros



Pânico

O incêndio na semana passada começou pouco depois das 14h, quando o primeiro veículo foi atingido pelo fogo que começou no terreno ao lado. Os fortes ventos impulsionaram as chamas e a destruição foi rápida. Uma pequena multidão se aglomerou na frente da empresa, enquanto estouros aconteciam no pátio, provavelmente pelos pneus dos veículos queimados.

Além dos bombeiros, equipes da Codesan, Special Dog, Raízen e Usina São Luiz se deslocaram para o local do incêndio. A preocupação era o fogo se alastrar e atingir a fábrica de calçados “Peão”, que fica imediatamente ao lado do pátio da Riopardense. A indústria possui material sensível ao fogo, além de produtos inflamável.

Amarildo Benedito da Silva, gerente de compras da fábrica, contou que as chamas avançaram rapidamente e funcionários da indústria se mobilizaram. “O objetivo foi evitar que o fogo chegasse perto da fábrica”, disse. Um grupo de operários e moradores das imediações conseguiram arrastar um micro-ônibus longe das chamas. Foi o exato momento da chegada do Corpo de Bombeiros.

Os soldados da corporação levaram mais de uma hora para debelar de vez as chamas. Uma extensa fumaça preta cobriu os bairros da região.




LAMENTO — Luiz Roberto diz que sucata serviria para pagar funcionários



‘Acabou tudo’, lamenta o gerente

O gerente da Riopardense de Santa Cruz, Luiz Roberto de Oliveira, o “Pinguim”, estava desolado com o melancólico fim da empresa, que já agonizava financeiramente, em Santa Cruz. “É triste, acabou tudo”, lamentou. O gerente deixou a sede da Riopardense minutos antes do incêndio, para se reunir com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Gerson Garcia, na prefeitura. “Foi uma questão de meia hora e já me ligaram avisando”, disse.

Ele chamou de “tragédia para os funcionários” porque os veículos destruídos, apesar de sucateados, poderiam ser vendidos para o pagamento dos trabalhadores. “Eles não serviam mais para trafegar. Muitos não tinham pneus ou motor. Mas poderiam ser vendidos como sucata para o pagamento dos direitos trabalhistas”, disse. Os veículos, de acordo com o gerente, vieram de Assis, município que rompeu o contrato com a empresa.

Sete veículos sucateados foram totalmente destruídos pelo incêndioiopar



Segundo Luiz Roberto, há quatro meses o dono da Riopardense não aparece na sede da empresa em Santa Cruz. “Os funcionários não recebem há três meses. O pior é que temos dívidas na cidade e o crédito foi concedido a mim e não à empresa”, contou. Ele revelou que os trabalhadores contrataram advogados para cobrar a Riopardense na Justiça.

O gerente contou que havia um ônibus em condições, que fazia a linha para Cerqueira César, que, enquanto fazia vistoria na Artesp em Avaré, foi levado pelo dono da Riopardense.



  • Publicado na edição impressa de 28/07/2019 (* com atualização)


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