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Ex-tesoureira e cunhado podem ganhar liberdade

Ex-tesoureira e cunhado podem ganhar liberdade

Publicado em: 11 de junho de 2017 às 20:55
Atualizado em: 26 de março de 2021 às 21:51

Adilson Souza, cunhado de Sueli, pode ganhar liberdade em 15 dias

Adilson Souza, cunhado de Sueli, pode ganhar liberdade em 15 dias



O empresário Adilson Gomes de Souza, cunhado de Sueli Feitosa que está preso desde fevereiro em Cerqueira César, pode ganhar liberdade em duas semanas. Segundo o radialista Dário Miguel, citando fontes do Tribunal de Justiça, o desembargador relator do “habeas corpus” que pede a libertação de Adilson, teria emitido parecer favorável à defesa. Ele é acusado de obstruir a Justiça e ser o principal beneficiário do esquema que desviou dinheiro público.

O voto ainda será apreciado por outros dois desembargadores. O problema do cunhado de Sueli Feitosa é que os julgamentos nas câmaras do TJ-SP são realizados nas quintas-feiras e na próxima, dia 15 de junho, será feriado.

Neste caso, o julgamento seria transferido para o dia 22, com grande possibilidade de Adilson ser libertado.

Caso isto aconteça, o mesmo princípio deverá ser aplicado para Sueli Feitosa, já que a ex-tesoureira preenche os requisitos da lei para responder as acusações em liberdade. Ela já teve dois habeas corpus negado pela Justiça, mas o advogado Luiz Henrique Mitsunaga anunciou que iria apresentar um novo pedido.




Sueli se recusa a depor aos

delegados, mas polícia nega

Dois delegados da Polícia Civil de Santa Cruz do Rio Pardo teriam visitado Sueli Feitosa na penitenciária feminina de Pirajuí-SP na semana passada. O objetivo teria sido obter da ex-tesoureira da prefeitura esclarecimentos sobre a “delação pública” que foi apresentada à imprensa no mês passado pelo advogado Luiz Henrique Mitsunaga. A informação foi veiculada pelo radialista Dário Miguel, da Band FM. A polícia, contudo, não confirma.

Consta que Sueli Feitosa não quis dar declarações aos delegados porque seu advogado não estava presente. Ela ainda pode ser novamente chamada para ser interrogada em Santa Cruz, embora seja cada vez mais forte a possibilidade da ex-tesoureira ganhar a liberdade nas próximas semanas.

Sueli é acusada de ser a principal operadora de um esquema criminoso que desviou cerca de R$ 7 milhões dos cofres da prefeitura. No mês passado, seu advogado, Luiz Henrique Mitsunaga, reuniu a imprensa no auditório do hotel “Vitória Régia”, em Bauru, para apresentar uma “delação pública”, já que a defesa desistiu do benefício da “delação premiada”. No documento, que é assinada por Sueli Feitosa, a ex-tesoureira conta que começou a desviar dinheiro da prefeitura a mando de Ricardo Moral, o ex-secretário dos governos de Adilson Mira e Maura Macieirinha, ambos do PSDB. Segundo ela, Moral pedia dinheiro, sob ameaça, assim que ele “e o chefe” precisavam. O esquema continuou até mesmo no início do governo de Otacílio Assis (PSB), quando Moral já não era secretário e, segundo Sueli, continuava exigindo dinheiro.

O documento diz, ainda, que Sueli resolveu deixar de entregar dinheiro a Ricardo Moral e seu “chefe”, mas depois passou a ser chantageada por Cláudio Gimenez, integrante do atual governo, onde preside a Codesan. Segundo ela, Gimenez teria descoberto o crime e passou a exigir dinheiro em envelopes, que seriam entregues por um motoboy.

Adilson Mira, Ricardo Moral e Cláudio Gimenez negam qualquer participação no esquema de desvio de dinheiro da prefeitura de Santa Cruz.

Monitoramento

A Polícia Civil já investigava os nomes citados por Sueli Feitosa antes da “delação pública” apresentada pelo advogado Luiz Henrique Mitsunaga. No entanto, os investigadores, com base nas informações da ex-tesoureira, passaram a procurar um suposto mobotoy que, segundo Sueli, recebia envelopes com dinheiro nas imediações do prédio da prefeitura.

O DEBATE conversou com a empresa “Service Security”, que faz o monitoramento de prédios públicos, sobre a possibilidade de câmeras terem imagens da movimentação nos arredores do paço municipal. Segundo o diretor da empresa, César Filho, as gravações dos monitoramentos permanecem nos registros durante, no máximo, três meses. “Nós também pensamos nisso”, afirmou.

Sueli disse em sua “delação pública” que a última entrega de dinheiro ocorreu em outubro do ano passado. “Se ela tivesse falado logo que o caso foi descoberto, poderíamos ter obtido eventuais imagens do monitoramento do prédio”, contou. “A verdade é que ela demorou muito para começar a falar”, avaliou.




Empresa faz a perícia

contábel nas Finanças

A empresa vencedora da licitação para realizar uma perícia contábil nas contas da prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo já está trabalhando. A vistoria nos documentos da secretaria de Finanças será entregue documentalmente à Polícia Civil e ao Ministério Público, para ajudar nas investigações do desvio de dinheiro público.

A iniciativa foi do prefeito Otacílio Assis (PSB), vista com bons olhos pelo Ministério Público. Segundo ele, o trabalho está sendo realizado com auxílio dos procuradores do município.

Ao contrário do que imaginava há alguns meses, o prefeito hoje admite que dificilmente a perícia vai encontrar outro tipo de desvio. “É minha avaliação. Mas a perícia pode encontrar os dias dos desvios feitos pela Sueli e atualizar os valores corretamente”, afirmou.

A própria prefeitura já fez um levantamento preliminar do rombo provocado pelo desvio na tesouraria desde 2012 até 2016. Os valores foram entregues à Polícia Civil. Há duas semanas, o prefeito disse que a administração trabalha com a cifra de R$ 6 milhões como total do desfalque.

Otacílio disse que não tem muitas informações sobre o trabalho que está sendo desenvolvido porque quer dar plena liberdade aos técnicos. “Afinal, será um documento oficial, com validade para o Ministério Público, inclusive, usar em ações judiciais”, explicou.

Os serviços deverão custar R$ 70 mil aos cofres públicos. Antes da prefeitura abrir a licitação, houve propostas oficiais que ultrapassavam R$ 800 mil.
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