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Publicado em: 26 de julho de 2019 às 14:36 Atualizado em: 30 de março de 2021 às 05:58
Medida foi tomada pelo prefeito Sérgio
Guidio para equilibrar finanças do hospital
Prefeito Sérgio Guidio decretou a medida, que deve durar pelo menos um ano
Sérgio Fleury Moraes
Da Reportagem Local
A Santa Casa de Misericórdia de Ipaussu está sob intervenção municipal desde segunda-feira, 15. O decreto foi assinado pelo prefeito Sérgio Galvanin Guidio (PTB) como uma forma extrema para reestruturar as finanças do hospital. A intervenção não tem data para terminar, mas, de acordo com o prefeito, deve durar no mínimo um ano.
Sergio Guidio alegou que a Santa Casa tem problemas financeiras há muitos anos, que vêm se agravando. No ano passado, o município reativou a maternidade “Almey Viana Egreja” e aumentou o repasse mensal em aproximadamente R$ 70 mil. Até então, o município transferia cerca de R$ 130 mil para o hospital, valor que foi mantido além da verba para a maternidade.
Nas últimas semanas, vários hospitais do interior do Estado sofreram intervenção, como Garça, Presidente Epitácio ou Palmital. Todos têm problemas financeiros, como dívidas negociadas a longo prazo. É o caso, também, de Ipaussu. “Nós fazemos os repasses em dia, mas há pendências que a Santa Casa não consegue resolver”, explicou Guidio. “Estas dívidas vêm se arrastando há muito tempo, como FGTS, INSS e outras”, disse. Ele contou que o hospital também foi multado pela Receita Federal, na administração anterior, devido a irregularidades graves. A multa de R$ 1,2 milhão foi parcelada e, hoje, significa R$ 20 mil mensais. “A Santa Casa recebe pouco do SUS, mas este repasse já chega com o desconto dos R$ 20 mil, tornando a situação preocupante”, afirmou.
Sérgio Guidio disse que esperava contar com uma devolução antecipada do duodécimo para investimentos no hospital, mas a Câmara de Ipaussu negou. “Fizemos gestões na Saúde para contornar o problema, mas o fato é que a Santa Casa praticamente ficou dependente do município e isto não pode continuar”, disse.
O prefeito disse que o atual provedor, José Carlos de Paula, conseguiu equilibrar parte das dívidas, mas o hospital continuou pedindo dinheiro ao município. A gota d’água teria acontecido há dias, quando a direção do hospital pediu R$ 3 mil para consertar uma autoclave. “Isto significa que a Santa Casa não possui recursos nem para manutenção destes aparelhos”, disse Guidio.
Segundo ele, o hospital sempre foi usado politicamente a tal ponto que, mesmo pacientes com planos de saúde, recebiam tratamentos custeados pela Santa Casa ou o sistema SUS. “O pessoal nem pedia o cartão do plano e a prefeitura acabava pagando a conta. O próprio provedor admitiu que este costume é antigo”, afirmou o prefeito.
O objetivo da intervenção, de acordo com Sérgio Guidio, é transformar o hospital de Ipaussu menos dependente do município. Ao mesmo tempo, o Poder Público vai se empenhar para melhorar o atendimento ao público. “Nós temos de devolver o hospital em melhores condições”, disse, anunciando que a instituição vai procurar ampliar os serviços com outros planos de saúde e médicos. “Percebemos que a Santa Casa não tem faturamento e hoje trabalha com 99,98% para o SUS, mais o repasse da prefeitura. O SUS, todos nós sabemos, não paga nada”, disse.
Henrique Fittipaldi, que já tem experiência em hospitais da região e é o atual secretário da Fazenda, foi nomeado interventor e já assumiu o comando do hospital. “Eu o escolhi porque percebemos que o problema da Santa Casa é financeiro”, explicou o prefeito. “Não podemos mais empurrar o problema com a barriga”, insistiu. Segundo ele, a intervenção “não muda nada” para os usuários.