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Publicado em: 25 de outubro de 2019 às 14:49 Atualizado em: 28 de março de 2021 às 17:14
Filho de um vereador morreu
vítima da febre maculosa
CAPIVARAS — Antes atração turística, animais agora são indesejáveis
A morte de um garoto de 15 anos por febre maculosa provocou uma mobilização da população e algumas autoridades de Ipaussu pela retirada das capivaras do lago municipal, localizado no centro e considerado o “cartão postal” da cidade. O adolescente era filho do vereador Gelson dos Santos Costa, o “Ratinho”, e morreu no dia 3 de outubro. Na quinta-feira, 17, um laudo do Instituto Adolfo Lutz confirmou o diagnóstico de febre maculosa, doença que é transmitida pelo carrapato-estrela.
As capivaras começaram a aparecer no lago de Ipaussu no início da década. Em 2014, já eram cerca de 50 animais morando nos arredores do lago e o número continuou crescendo. Naquele ano, já havia um movimento para a retirada dos animais silvestres, mas a população se dividiu. A secretaria de Saúde pediu autorização a órgãos ambientes para transferir as capivaras, mas foi negado.
O problema é que a capivara é um dos hospedeiros do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa, assim como gambás, coelhos, cavalos ou gado. A morte do adolescente foi o segundo caso da doença em Ipaussu neste ano.
Vários moradores já se manifestaram nas redes sociais pela retirada dos animais. No entanto, como a questão envolve o Meio Ambiente, será necessária autorização de órgãos governamentais. Além disso, o município vai precisar esboçar um projeto para o destino final das capivaras.
A reportagem pediu informações à assessoria de imprensa da prefeitura, mas não obteve resposta até sexta-feira. Ontem, o telefone do secretário de Saúde, Roberto Tiririca Peres, não estava atendendo.
No entanto, há informações de que a prefeitura já proibiu a pesca no lago municipal e estuda um meio de retirar as capivaras ou mesmo isolá-las numa área longe do passeio público.
Na quinta-feira, 17, o presidente da Câmara de Ipaussu, Vinícius Pedraci, gravou um vídeo ao lado do vereador “Ratinho”, logo após a confirmação de que o filho dele teve morte diagnosticada por febre maculosa. Os dois alertaram a população sobre o perigo da doença e do contágio através do carrapato-estrela cujo hospedeiro é a capivara. “É preciso fazer algo para que nenhum outro pai sofra a minha dor”, disse Ratinho.
Pedraci informou que naquela tarde se reuniu com vereadores, secretários municipais e representantes da Vigilância Sanitária e Polícia Ambiental para discutir o problema das capivaras no lago municipal.
O vereador informou que uma das resoluções aprovadas pelo grupo foi a contratação de uma empresa para retirar os animais. De imediato, porém, foi deliberado que as atividades no lago municipal devem ser suspensas até que uma nebulização seja providenciada por técnicos sanitários. O objetivo é exterminar possíveis focos do carrapato enquanto se aguarda uma solução para o destino das capivaras.