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Luiz Antônio Sampaio Gouveia: "Viva o Brasil!"

Luiz Antônio Sampaio Gouveia:

Publicado em: 17 de agosto de 2020 às 18:00
Atualizado em: 29 de março de 2021 às 12:25

Viva o Brasil!

Luiz Antônio Sampaio Gouveia *

Foi para mim um prazer, receber o convite do DEBATE, para passar a colaborar com suas edições, redigindo uma pequena coluna nele, o que, certamente, vai me trazer a alegria de reviver meus dias de liberdade, com os bons amigos e amigas, que, por nossa Santa Cruz, nos estimamos.

O DEBATE me traz à memória, meu professor de inglês, Celso Fleury Moraes, pai do Serginho, um anjo de bondade, meu mestre querido e bastante amigo e por aí, em Santa Cruz; quando passei, aluno, pelo Instituto de Educação Leônidas do Amaral Viera, esse Amaral Vieira, compadre e vizinho de meus avós, no casarão do Largo da Igreja, que a gentileza de Aniceto Gonçalves e de Joaquim Severino Martins, pelo povo grandioso desta terra, homenagearam com muita fidalguia, dando a este Largo (também de nossos amigos, os admiráveis Padres Dominicanos), o nome de meu avô, Pedro Cesar Sampaio, professor desse Instituto, como fora minha mãe, a Professora Maria Margarida Sampaio Gouveia.

Sem dúvida que, em um “flashback”, lembrei-me do Furinho, jornalzinho do Serginho Fleury, que, permitam-me, prenunciava a minha felicidade, de hoje, muito presente, cada vez que o DEBATE chega, em minha casa, para lê-lo bem antes de outros jornais, diários, de minha leitura indispensável para a nossa vida moderna.

Certo que, como eu, Serginho é um ser humano e cá de mim, eu, já repleto de erros, mas, sempre com a vontade da acertar, importa-me, sim, que a vida deva ser julgada, com critérios de pura contabilidade; e assim, se nós os seres humanos temos créditos e débitos, o que pesa mesmo no nosso arremate, é o saldo credor; e isto Serginho tem de sobra. Construiu um jornal grande, para uma cidade maior.

Isto tudo me faz lembrar também meu pai, bóia fria, nas brumas das neblinas matinais de Santa Cruz, a despertar na gélida madrugada, de todos os dias, em seu amor, pela agricultura, como o de seus avoengos, precursores da cafeicultura brasileira e a me ensinar ler sempre jornais e a ser isto, um doutorado para, ele, que dizia serem seus grandes Mestres, “seu” Tomás Gregori, “seu” Ismael Machado, o Doutor Gastão Vidigal e seu filho, Gastão Eduardo, acionistas controladores do antigo Banco Mercantil Finasa, o Doutor Julinho Mesquita, do Estadão e a coluna de economia de Frederico Heller, em que ele se instruía, sobre economia agrícola, já aproveitando a cultura prática que adquirira como contínuo e administrador bancário, sempre devedor, como dizia, dos que o prepararam para a vida, desde o seu berço bandeirante.

Faço minha homenagem a Serginho, que acompanhei passo a passo, nestes 40 anos, sempre arguto, combativo e valoroso, lembrando, que, como dizia Rui Barbosa, o defeito é a virtude ao avesso e também, Carlos Frederico Werneck de Lacerda, que, em “Rosas e Pedras de Meu Caminho”, já pelo título demonstrou, que, a vida é de altos e baixos, mas que vale a pena viver.

Lacerda, o “Corvo”, como o chamava a esquerda, injustamente, mas que fazia prefácios muito mais ricos que as obras que prefaciava e que do pai dele, recebeu o nome de Carlos, de Karl Marx e o de Frederico, de Frederico Engels, precursores do marxismo, tinha no nome o traçado de um destino, em ser “gauche”, mas não foi, tornou-se conservador, depois de um pequeno namoro com o Partido Comunista; e se errou muito, como errou, deixou a lição da “Frente Ampla”, que, por seu patriotismo, uniu a grandeza de JK, o pacifismo do Doutor João Goulart e muitos outros políticos, de todas as tendências do pensamento brasileiro, na lição ainda não aprendida, por nós, de que o Brasil precisa ainda de um “Pacto de Moncloa”, nome do acordo que uniu todas as tendências de Espanha, para a grandeza democrática daquela fascinante nação.

Paro em Lacerda, que escreveu, dentre muitas obras, a “Casa de Meu Avô”, sobre o avô dele, Sebastião de Lacerda, Ministro do Supremo Tribunal e fidalgo da aristocracia cafeeira fluminense e eu talvez comece aqui a falar do meu, pequenino medico de uma grande cidade, que é Santa Cruz do Rio Pardo, cuja abençoada terra sempre beijamos.

Obrigado ao DEBATE.

Viva o Brasil!

Como meu avô terminava suas aulas no Ielav, em sua luta contra o nazifascismo, na II Grande Guerra Mundial.

* Luiz Antônio Sampaio Gouveia, santa-cruzense, é advogado em São Paulo



  • Publicado na edição impressa de 09/08/2020


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