DIVERSOS

Otacílio ataca ‘Psiu’ e diz que curral foi para o CTP

Otacílio ataca ‘Psiu’ e diz que curral foi para o CTP

Publicado em: 07 de setembro de 2018 às 13:26
Atualizado em: 29 de março de 2021 às 14:53

Mas a lei de 2014, citada pelo prefeito,

fala em ‘restituição’ de bens à entidade

Ex-vereador “Psiu” acompanhou o discurso de Otacílio Parras na tribuna



O prefeito Otacílio Parras (PSB) também usou a tribuna da Câmara, na noite de segunda-feira, 27, para desmentir o ex-vereador Luiz Carlos “Psiu” Novaes Marques, que denunciou o desaparecimento de um curral que existia no recinto da Expopardo. Otacílio disse que o curral foi cedido como “compensação” para o CTP (Centro de Tradições Pecuárias) deixar o recinto de exposições, onde a entidade usava a “Pista do Laço”.

Segundo o prefeito, que discursou na presença do ex-vereador, a própria Câmara aprovou a medida em dezembro de 2014, quando “Psiu”, que era vereador na época, faltou à sessão. Otacílio atacou os governos do PSDB, dizendo que “durante muitos anos a Expopardo foi abandonada, roubada e depredada”.

O prefeito confirmou que muitos pavilhões do recinto “José Rosso” foram construídos com doações de agropecuaristas e empresas da cidade. “Aquilo foi construído com sacrifício de muita gente”, contou.

Ele contou que houve uma ação civil pública, movida pelo Ministério Público para a revogação do contrato firmado entre a prefeitura e o CTP para uso do recinto. A entidade, entretanto, recorreu da decisão contrária e acabou vencendo a ação em tribunais superiores no ano de 2010. Enquanto isso, segundo Otacílio, tudo foi sendo depredado pelo abandono. “Não só a pista do laço, mas praticamente todo o conjunto”, disse.

De acordo com o prefeito, houve um acordo com o CTP, já no atual governo, quando a prefeitura reassumiu a Pista do Laço da Expopardo. “Em 2014 o CTP fez um requerimento para a retirada da madeira, que é justamente essa do curral que desapareceu”, disse. Em dezembro do mesmo ano, a Câmara aprovou o projeto para “composição” do município com o CTP. “Dentro desta lei, foi autorizada a retirada da madeira do curral”, explicou o prefeito, lembrando que o então vereador “Psiu” se ausentou da sessão.

Otacílio também afirmou que outra parte daquela madeira foi usada em obras na vila Divineia, para conter um processo de desmoronamento de um barranco. “Está tudo lá enterrado”, disse. No final, o prefeito disse que o ex-vereador “Psiu” deveria se retratar na imprensa sobre a denúncia que, segundo Otacílio, “é uma palhaçada”.

“Restituição”

A lei citada por Otacílio, entretanto, versa sobre “restituição” dos bens ao CTP. O verbo significa “devolver”, ou seja, entregar à entidade todos os equipamentos que estavam na Pista do Laço. O projeto, por exemplo, refere-se também à “mangueira”, tendo em seguida, entre parênteses, a palavra “curral”.

Segundo o ex-vereador Luiz Carlos “Psiu” Novaes Marques, mangueira é uma outra e curral, outra. Ele explicou que a mangueira, que ficava a alguns metros do curral, foi construída mediante doações de fazendeiros. Já o curral foi erguido com dinheiro público, através de uma lei do ex-prefeito aprovada pela Câmara em dezembro de 1990. Na época, a prefeitura investiu mais de Cr$ 1 milhão (em valores da época) na construção do curral e da pista do laço.

Após o pronunciamento do prefeito na Câmara, na noite de segunda-feira, 27, o ex-vereador Luiz Carlos “Psiu” Novaes Marques disse que o discurso de Otacílio não o convenceu. “Eu não tenho de pedir desculpas. É o prefeito quem deve mostrar os documentos sobre a propriedade e o paradeiro daquelas madeiras”, disse. Ele também disse que o prefeito apresentou na tribuna uma lei autorizando a restituição dos bens do CTP. “Mas o curral era do município e, por isso, não poderia ser devolvido como ele disse”, declarou.
SANTA CRUZ DO RIO PARDO

Previsão do tempo para: Terça

Períodos nublados
15ºC máx
4ºC min

Durante todo o dia Céu limpo

voltar ao topo

Voltar ao topo