Foto divulgada à imprensa mostra um dos invasores quebrando cadeado de porteira com um machado
Publicado em: 21 de junho de 2023 às 16:16
Atualizado em: 21 de junho de 2023 às 16:38
A Justiça de Santa Cruz do Rio Pardo concedeu a antecipação de tutela para a reintegração de posse da área de uma fazenda localizada perto da rodovia Castello Branco (SP-280), nas imediações do antigo distrito de Clarínia. A fazenda foi invadida no último dia 8 por um grupo intitulado “Movimento Social da Luta dos Trabalhadores”, que não é o MST.
O grupo começou a invasão com nove automóveis e um caminhão, montando cerca de 15 barras na propriedade. Eles estavam acompanhados da deputada estadual Márcia Lia (PT/SP).
A invasão, entretanto, foi criticada até por setores ideologicamente à esquerda da política. É que a propriedade tem apenas 105 hectares e é considerada de médio porte. Além disso, é tida como produtiva pelo Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
A fazenda já teve cultura agrícola no passado, mas hoje se dedica à pecuária.
Mais de 50 pessoas chegaram a acampar na propriedade. Há informações de que os invasores usaram machados para quebrar cadeados nas porteiras.
Os donos, porém, ingressaram com uma ação judicial pedindo a reintegração de posse. A Justiça concedeu o pedido, determinando a saída dos invasores em até cinco dias úteis.
O prazo vence nesta quarta-feira, 21. A reintegração pode contar com o apoio de forças policiais.
A reportagem conversou com membros da família proprietária da fazenda, que pediram para que seus nomes não sejam divulgados. Afinal, é a segunda vez que acontece uma invasão na mesma área.
Um dos donos da fazenda disse que não há motivos para a invasão, uma vez que a área é produtiva. “É um grupo ideológico de Araraquara, que provocou uma situação muito desconfortável para a família”, disse.
A invasão provocou uma série de reações de entidades agropecuárias. A Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo) emitiu nota repudiando a invasão em terras produtivas de Santa Cruz do Rio Pardo.
A Associação Grupo Pecuária Brasil (GPB) também condenou a invasão das terras e afirmou, em nota, que ela foi feita por um “grupo terrorista”. A entidade disse que os invasores também depredaram setores da fazenda.
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