Publicado em: 06 de novembro de 2021 às 03:45
André Fleury Moraes
Duas pessoas em lados opostos e separados por uma rede seguram uma raquete e disputam uma pequena bola. Descalças, elas pisam numa areia branca e podem estar usando boné ou óculos escuros. O participante pode imaginar mil coisas — desde que está na praia jogando frescobol ou numa quadra comum jogando tênis.
Nenhum deles está completamente errado. O nome correto do esporte, no entanto, é “beach tennis” (tênis de praia, em tradução livre), esporte que une exatamente as duas modalidades. A diferença é que, em vez da praia, o jogador está em Santa Cruz do Rio Pardo, num espaço próximo à antiga AABB.
O esporte acaba de chegar à cidade pelas mãos do empresário Marcelo Sponchiado, 60, tradicionalmente conhecido como “Bocca”. Proprietário de quadras de tênis desde 1998, ele agora está apostando na modalidade do esporte com os pés na areia.
A quadra está praticamente pronta e já foi testada pelos alunos da academia “Bocca Tênis”, mas o empresário admite que ainda faltam alguns ajustes. Ele construiu praticamente tudo sozinho, e o mais complicado tem sido nivelar a areia para garantir que um lado não seja diferente do outro. “Tomei muito sol”, brinca, mostrando os braços bronzeados.
Não há data para inaugurar, mas estava previsto para a manhã deste sábado, 6, uma pequena demonstração do esporte a santa-cruzenses que quisessem acompanhar os jogos.
O esporte já existe na grande região, como Marília, Bauru ou Lins, mas Bocca avalia que trazê-lo a Santa Cruz é uma janela de oportunidade.
Na verdade, ele mesmo admite que, quando abriu a academia de tênis, em 1998, muita gente o tachou de “louco” por querer investir num esporte que, no Brasil, não é tão popular. “E eu mostrei que dá certo”, garante.
O beach tennis carrega algumas diferenças quando comparado ao tênis na quadra. A principal delas é que a bola não pode cair no chão, até porque não há nada que pingue na areia. “Na quadra, o tamanho da rede também é menor”, explica.
Embora esportes sobre a areia costumem cansar mais os participantes, Bocca diz que, no caso do beach tennis, o fator é relativo. “Um atleta de alto rendimento na quadra pode cansar mais do que um jogador que vai à areia para se divertir”, explica.
Além disso, os pés sobre a areia dão um clima de praia ao esporte, e os jogos tendem a ser mais descontraídos. “A gente nota que os alunos não ficam tão concentrados como na quadra”, afirma. Não é raro que uma música esteja tocando ao fundo.
Justamente para reafirmar o ambiente praiano, Bocca está construindo, logo acima da quadra, uma espécie de lounge para quem quiser acompanhar os jogos de perto. Será um pergolado acompanhado de balcão e freezer. “Há quem diga que o esporte acontece mais fora da quadra do que dentro”, diz.
Embora seja tradicionalmente visto como uma modalidade salgada aos bolsos, Bocca afirma que o investimento é questão de prioridade. “Eu comecei a praticar na pior fase financeira da minha vida. E pude jogar”, conta. O treinador explica que posssui alunos de todas as classes sociais.
Os jogadores que estão no Bocca Tênis são na maioria adultos — fato que o empresário lamenta. “É um esporte que contribui muito para o aprendizado da criança”, explica. “Desde a disciplina até a competitividade, a criança amadurece e aprende a controlar seu lado emocional, por exemplo”.
Previsão do tempo para: Sábado
Durante a primeira metade do dia Períodos nublados com tendência na segunda metade do dia para Céu limpo
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