Ibison em foto de quando ainda jogava pelo Clube Atlético Santacruzense, o CAS
Publicado em: 21 de agosto de 2021 às 00:39
Sérgio Fleury Moraes
Os vereadores aprovaram na segunda-feira, 16, um projeto que dá ao campo do CAS (Clube Atlético Santacruzense), na vila Joaquim Paulino, o nome de “Centro de Treinamento Ibison Caetano”, em homenagem ao jogador de 13 anos que morreu menos de dois anos após se afogar numa piscina do bairro da Graminha. Imagens do adolescente com a camisa do CAS foram projetadas no telão do plenário.
A sessão foi acompanhada pelo pai de Ibison, Emerson Caetano, e pelo presidente do CAS, Carlos Rocha. O autor do projeto, vereador Niltinho Fernandes (PSD), se emocionou na tribuna ao falar da tragédia que se abateu sobre a família de Ibison a partir de outubro de 2019. “Ele sempre será um exemplo para a família e colegas. Mas a vida, infelizmente, às vezes contraria a lei da natureza, quando o normal é os mais velhos irem embora primeiro”, disse, às lágrimas.
O projeto, elogiado por todos os vereadores e aprovado por unanimidade, teve uma salva de palmas após a votação. Na plateia, o pai de Ibison chorou.
O adolescente era um atleta promissor do CAS. Quando jogava pelo time juvenil do clube, ganhou vários campeonatos até que um acidente interrompeu sua carreira. No dia 1º de outubro de 2019, o garoto foi encontrado desacordado na piscina da chácara da família. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu e quanto tempo Ibison ficou submerso. A suspeita é que ele tenha batido a cabeça.
Reanimado e levado às pressas para o hospital, sendo em seguida transferido para Marília, Ibison chegou a ter a morte cerebral anunciada, mas se recuperou. Entretanto, teve graves sequelas e permaneceu numa cama hospitalar durante quase dois anos.
O pai abandonou o trabalho, juntou suas economias e passou a cuidar do filho em período integral. A irmã mais velha, Iasmin, também abandonou a faculdade, o mesmo acontecendo com a mãe Vânia. Com o amor da família, o garoto teve avanços significativos, como reconhecer as pessoas e vários aparelhos foram retirados.
No início de junho deste ano, porém, uma infecção acabou com as esperanças da família. Levado ao hospital de Bauru, Ibison teve um infarto fulminante.
Mas seu nome estará eternizado na cidade e no clube que o revelou, o CAS de Santa Cruz do Rio Pardo.
Voltar ao topo