Publicado em: 27 de novembro de 2021 às 02:52
Sérgio Fleury Moraes
O aposentado Santo Luiz de Andrade, 82, nem gosta de falar de futebol. Afinal, hoje religioso e fiel da igreja “Congregação Cristã no Brasil”, ele evita falar do passado, mesmo que seja apenas esportivo. Viúvo, Santo já foi um ardoroso torcedor do Palmeiras, mas agora diz que serve a Deus e que “essas coisas ficaram no passado”.
Neste sábado, 27, Santo nem iria acompanhar a final da Taça Libertadores entre Palmeiras e Flamengo. Mas na época em que torcia pelo alviverde do “Parque Antárctica”, Santo batizou seus dois filhos com nomes de ídolos do time na época. Além de achar os nomes bonitos, foi uma homenagem ao seu time do coração.
O mais velho é Djalma Santos, 58, nascido em 1963, quando o Palmeiras foi campeão paulista — na época o campeonato mais importante do Brasil. E naquele esquadrão estava o lateral-direito Djalma Santos, o segundo maior recordista de jogos pela camisa do Palmeiras.
Djalma era um jogador tido como exemplar, já que nunca foi expulso de campo. Jogou nas Copas do Mundo de 1954, 1958, 1962 e 1966 e, como Pelé, é um dos dois jogadores da seleção brasileira que iniciaram pelo menos uma partida como titular em quatro copas. Na Copa de 1958, entrou no último jogo no lugar do titular De Sordi e, apesar de apenas 90 minutos, foi eleito o melhor jogador da posição daquele Mundial.
Mas ser um Djalma Santos nunca foi problema para o pedreiro de profissão. “Mesmo na infância, as pessoas sempre perguntavam se meu nome tinha relação com o jogador. Eu vivia explicando esta história, mas na verdade tenho orgulho do nome”, disse o palmeirense.
Irmão de Djalma, o também pedreiro Alencar Santos de Andrade, 56, nasceu em 1965, quando seu homônimo estava deixando o Palmeiras depois de ser campeão paulista e do torneio Rio-São Paulo. “Alencar”, porém, era um apelido pelo qual o jogador ficou conhecido.
Seu verdadeiro nome era Joacy Freitas Dutra, que fez carreira, além do Palmeiras, no Ceará, América, Bahia, Ferroviária, Botafogo-SP, Vitória, Juventus e Botafogo-RJ. Alencar morreu precocemente, aos 53 anos, vítima de hepatite.
Em campo, o meia-direita conquistou proezas. Foi campeão brasileiro em 1959 pelo Bahia, ao vencer o poderoso Santos de Pelé. Foi dele, por sinal, o primeiro gol da história do Campeonato Brasileiro de Futebol e também o último da competição daquele ano, exatamente o terceiro na vitória sobre o Santos por 3 a 1.
No Palmeiras, jogou junto com Djalma Santos num esquadrão que se tornou a primeira “academia” da história do clube. Assim como os irmãos Djalma e Alencar, que também trabalham juntos em Santa Cruz do Rio Pardo.
* Colaborou Toko Degaspari
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