Frei Gustavo celebrou casamento minutos antes de atropelar ladrão

Sérgio Fleury Moraes

A Polícia Civil trata o atropelamento de Ângelo Marcos dos Santos Nogueira como “um ato de barbárie” que lembra o período primitivo de “vingança privada”. Como agravante, o frei Gustavo Trindade dos Santos fugiu no local após usar seu carro como arma e não prestou socorro à vítima. Ângelo furtou três moletons e uma camiseta da Casa Paroquial e nas imagens ele aparece correndo com as roupas nas mãos.

Além disso, o frade dominicano também estava com a CNH vencida havia dois anos e, portanto, não era habilitado para dirigir automóvel.

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O fato aconteceu às 20h45 do sábado, 7. O portal G1, do grupo Globo, publicou reportagem informando que, momentos antes, o padre celebrou o casamento de Tatiane de Fátima e Alex Aparecido na Igreja Matriz de São Sebastião. O frade dominicano chegou à igreja dirigindo o mesmo carro branco. “Ele estava super sossegado”, disse a noiva.

No final da cerimônia religiosa, a maioria das pessoas já estava se dirigindo para a festa e os noivos ficaram na frente da igreja fazendo fotos com um carro antigo alugado do conhecido colecionador “Pernalonga”. Foi quando eles presenciaram uma movimentação intensa, inclusive com viatura do Samu, e perceberam que alguém tinha sido atropelado.

Minutos depois, a polícia chegou a questionar a presença de sangue no chão da Igreja Matriz. No entanto, era de um ferimento da avó da noiva, que se cortou com a decoração de vidro.

De acordo com a Polícia Civil, a descoberta de que o padre Gustavo foi o responsável pelos ferimentos no ladrão só foi possível porque testemunhas conseguiram anotar a placa do veículo antes da fuga.

Frei Gustavo Trindade dos Santos foi ordenado há um ano e nomeado pároco da Igreja Matriz de São Sebastião há dois meses. Ele foi afastado de suas funções religiosas.