Publicado em: 04 de outubro de 2022 às 23:00
Ninguém o conhecia pelo nome. Sebastião José Ferreira era, na verdade, o “Tião Rodela” para todos os santa-cruzenses. Ele foi dono durante décadas do estabelecimento que até hoje fica na Ladeira São Domingos. Quando venceu o negócio, o nome continuou – com Sebastião como cliente.
“Tião Rodela” tinha uma característica única: ele se envolvia com os clientes. Aliás, eram os próprios fregueses que, no final da noite, avisavam ao proprietário o total do consumo. Era tudo, como se dizia antigamente, “no fio do bigode”.
Sebastião também costumava ficar nas mesas, junto com os amigos e, não raras vezes, pagava cerveja ou petiscos.
O bar formou grupos que, em determinados dias da semana, praticamente “fechavam” o estabelecimento para um jantar entre amigos. Detalhe: os próprios participantes eram os cozinheiros.
O comerciante veio da zona rural, onde, inclusive, jogou futebol. Foi goleiro da equipe da Grumixama. Quando chegou na cidade, montar um bar foi seu primeiro negócio, que acabou o acompanhando a vida toda. O primeiro estabelecimento de Sebastião foi na avenida Pedro Camarinha, onde hoje fica um sebo literário.
Em seguida, o “Bar do Tião Rodela” foi transferido para a Ladeira São Domingos, onde existe até hoje em Santa Cruz do Rio Pardo.
Sebastião José Ferreira morreu aos 79 anos. Ele deixou a viúva Alaíde de Faria Ferreira e os filhos Elcidi (“Piapara”) e Viviane, além de netos e bisnetos. “Tião Rodela” foi sepultado no Cemitério da Saudade, em Santa Cruz do Rio Pardo.
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