Da esquerda para a direita, as professoras Karina Ziglio, Lucimar Pereira, Benê Singulani e Milena Canassa, com o diretor Elton Simão no centro: expectativa para a final estadual da “Feira de Ciências”
Publicado em: 09 de outubro de 2021 às 04:04
Sérgio Fleury Moraes
Dois projetos da escola estadual “Genésio Boamorte”, de Santa Cruz do Rio Pardo, estão na penúltima fase da disputa da “Feira de Ciências das Escolas Estaduais” (FeCEESP), cuja final está marcada para dezembro. Um deles foi sobre distanciamento social no retorno às aulas presenciais, que consiste na marcação do solo com formas geométricas para que os estudantes mantenham distância uns dos outros. O outro projeto foi a implantação de uma horta escolar sustentável, nos fundos da escola, e cujos produtos servem não apenas a merenda como são distribuídos aos próprios estudantes.
Para o diretor da “Genésio Boamorte”, Elton Simão, a escola é pioneira em Santa Cruz no ensino integral e possui “um forte trabalho voltado para o protagonismo dos alunos”. Segundo ele, a ‘Boamorte” desenvolve uma série de projetos práticos, aumentando o aprendizado. “O objetivo principal, o nosso coração, é o desenvolvimento do projeto de vida dos próprios alunos. Queremos que eles saiam da escola com o projeto de vida já elaborado ou em construção”.
Os projetos deste ano despertaram tanto a atenção que um deles foi postado nas redes sociais pelo secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, em seu perfil oficial.
O projeto que facilitou o distanciamento social no retorno às aulas foi orientado pelas professoras Benedita da Conceição Pereira Singulani, e Milena Elisa Ruiz Canassa, das disciplinas Matemática e Física. O tema foi debatido com os alunos e levou em conta um limite de proximidade entre os alunos, já que a pandemia não acabou.
No desenvolvimento do projeto os alunos provavelmente nunca mais se esquecerão das formas geométricas. “No início a gente pensava num hexágono no chão. Porém, quando fizemos vários desenhos, percebemos que um triângulo seria melhor e a solução final foi um triângulo equilátero”, explicou Benedita.
Os estudantes fizeram moldes e começaram a pintar o chão de uma ala do pátio, usando fitas adesivas e tinta especial. A demarcação só não foi feita no pátio principal porque há mesas e outros obstáculos. “O grande problema de todos foi enfrentar o sol”, contou Benedita.
Segundo Milena Canassa, o projeto foi bem recebido pelos próprios estudantes e principalmente pelos dirigentes regionais e estaduais da educação. “Tanto que nosso desafio de matemática venceu o concurso regional, superando Ourinhos, e agora vai disputar em São Paulo a eliminatória, quando serão escolhidos 30 projetos para concorrer à premiação final”, explicou Milena.
O segundo projeto classificado para a penúltima fase é a implantação de uma “horta escolar”, sob coordenação das professoras Karina Ziglio Saqueti Biazoti e Lucimar Alves Pereira, das áreas de Ciências Humanas e Química. A horta também foi planejada tendo como foco a covid-19, já que durante a pandemia os estudantes perderam uma importante parcela das refeições: a merenda escolar.
O espaço nos fundos da escola foi fundamental, mas estava sujo. “Aí entrou em ação a Codesan, que concordou em limpar o terreno. Em seguida, uma empresa de terraplanagem nivelou o terreno”, contou Karina. As mudas foram doadas por outra empresa e mais uma doou fertilizantes. Tudo de forma voluntária, num envolvimento total de 18 parceiros que doaram desde mangueiras e outros materiais e equipamentos. Além disso, alunos da UniFio de Ourinhos vieram a Santa Cruz para ajudar no planejamento do projeto.
A horta ganhou telas especiais de proteção contra o sol e até uma caixa d’água que se transformou em cisterna sustentável, captando água da chuva através do telhado e molhando as plantas com um sistema de tubos.
A produção de alface, manjericão, cebolinha, coentro, salsinha e hortelã é destinada à merenda da escola e até distribuída aos próprios estudantes. “A safra foi muito boa”, brincou Lucimar.
Os estudantes envolvidos nos dois projetos elaboraram uma espécie de “diário de bordo” narrando todas as etapas e suas pesquisas e impressões. “Teve um aluno que, inclusive, mudou seu projeto de vida graças ao projeto, despertando uma nova vocação”, lembrou a professora.
O resultado final do concurso será divulgado no dia 12 de dezembro, quando os alunos ainda estarão em sala de aula. Professores e alunos da “Genésio Boamorte” não escondem uma certa ansiedade. Se um dos projetos vencer, certamente haverá uma grande comemoração.
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