SOCIEDADE

Um galo de estimação? É possível, mostra família de Santa Cruz

Família de açougueiro adotou um galo que virou o “xodó” de estimação da casa

Um galo de estimação? É possível, mostra família de Santa Cruz

‘AMIGÃO’ — Com apenas seis meses de idade, o galo não desgruda do dono e segue Valter até no açougue

Publicado em: 29 de maio de 2021 às 00:45
Atualizado em: 06 de junho de 2021 às 18:37

Sérgio Fleury Moraes

Na casa do empresário Valter Rogério Descrove, 49, todos sempre tiveram o hábito de acordar cedo. Há alguns meses, porém, há um “despertador” natural no quintal — e às vezes até dentro de casa. É o galo “Titi”, o animal de estimação mais surpreendente da casa. Ele faz companhia a dois periquitos, calopsitas e a gata Tigrinha. De quebra, ainda há duas galinhas que foram “convocadas” para serem namoradas de Titi. O galo, praticamente o “dono do terreiro”, é ciumento e vive no ombro de Valter.

Dono de um açougue no bairro São José há quase 30 anos, em Santa Cruz do Rio Pardo, Valter conta que pensou num novo animal de estimação por causa da pandemia, já que os filhos Rafael e Lucas e a mulher Viviane — professora da escola municipal “Sebastião Jacyntho” — seguiram as recomendações sanitárias para ficar em casa. Era preciso afastar o tédio.

Chegaram, então, dois pintinhos na casa, há aproximadamente seis meses. “Um morreu e resolvemos criar o outro solto. Na hora do almoço ele fica embaixo da mesa comendo o arroz que eventualmente cai”, contou. Logo, o pintinho começou a passear de carro e até acompanhar Valter no açougue.

E a ave cresceu, se transformando no imponente galo “Titi”, uma mistura das raças garnisé e índio. Devido a esta última, “Titi” é um pouco raivoso com certas pessoas. Na casa, por exemplo, ele não tem muita afinidade com Viviane e o filho Lucas. É que os dois já deram bronca no galo por destruir objetos da casa. “Ele não esquece a mágoa”, conta Viviane, que invariavelmente leva bicadas no pé.

Valter ri e garante que o galo faz parte da família. O animal, aliás, tem autorização para entrar em casa e anda pela sala e cozinha com desenvoltura. Ele também costuma ser levado a um terreno para “ciscar” e tomar banho de sol. “Não tem coleira nem nada. Quando cresceu, ele começou a andar na rua atrás de mim. Só para quando vê um cachorro”, diz o açougueiro.

Viviane com a gata Tigrinha, Lucas, Valter e Rafael com o galo no colo: “Titi” faz parte da família

Na verdade, “Titi” não gosta de cachorros e costuma avançar sobre eles, não importando o tamanho. Na casa de carnes, o galo virou a atração dos clientes. Muitos tiram fotos e pedem para Valter pedir para ele cantar.

Sim, o galo canta quando o dono pede, numa atitude de obediência e ensinamento. No começo, segundo Valter, a voz saía um pouco rouca, mas logo ganhou firmeza. É só pedir e, independente do horário, lá está “Titi” soltando o bico.

Valter diz que não precisou necessariamente treinar o galo. “Ele foi aprendendo tudo naturalmente. Hoje, corre quando é chamado e canta quando eu pedir. Virou mesmo um animal domesticado, mas o carinho também é importante”, afirma.

“Titi” também não tem uma boa convivência com os outros animais da casa. A gata e a calopsita sabem disso e querem distância do galo.

As duas galinhas — “Titica” e “Titizinha” — são novas no “terreiro”. Elas foram “convocadas” como namoradas de “Titi” e estão num pequeno galinheiro de arame. O resultado são ovos diários botados pelas duas. O problema é que uma delas costuma usar os vasos floridos de Viviane para botar os ovos.

“Um dia, ela enterrou os ovos, mas nós achamos. Depois, ficou tirando a terra do vaso para procurá-los”, conta Viviane. Valter, porém, já planeja deixar alguns ovos chocarem e separar um pintinho para crescer como “Titi”.

Durante a entrevista, deu para perceber que o toque sonoro do celular de Valter imita um porco — e não por acaso. Ele já teve um porco de estimação, quando com os pais morava na zona rural. Segundo conta, o porquinho brincava com as crianças, batia na porta da casa quando queria entrar e era a alegria do espaço. E qual foi o destino dele? “Infelizmente, teve de ir para a panela. O problema é que porco cresce muito, mas aprendi que o bicho de estimação deve ser aquele que não precisamos matar”, disse.

Sorte do galo “Titi”.  

 

* Colaborou Toko Degaspari

O galo ataca Viviane, depois de levar uma bronca da professora
O galo de estimação impressiona ao cantar quando o dono pede
Desde quando era apenas um pintinho, “Titi” foi criado livre e solto
SANTA CRUZ DO RIO PARDO

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