ECONOMIA

Aos 22 anos, Special Dog se consolida para o futuro

Indústria está prestes a inaugurar uma nova unidade de distribuição em Minas Gerais e tem planos de dobrar a produção

Aos 22 anos, Special Dog se consolida para o futuro

A Special Dog Company comemora seus primeiros 22 anos se consolidando como uma das três maiores indústrias de alimentos para cães e gatos do Brasil

Publicado em: 13 de fevereiro de 2023 às 17:51

Sérgio Fleury Moraes

 

Ela surgiu no lugar certo, na hora certa e no momento econômico certo. E se transformou numa das três maiores indústrias de alimentos para cães e gatos do Brasil. A Special Dog Company está completando 22 anos de atividades em plena expansão e com planos ousados.

Hoje, a indústria de Santa Cruz do Rio Pardo produz cerca de 26 mil toneladas de alimentos por mês e está presente em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Isto sem contar a exportação para países da América do Sul, como Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile.

É a maior empregadora da região, com 1,6 mil colaboradores internos e força de vendas e representantes comerciais que chegam a mais 400 pessoas. A Special Dog possui uma frota com 280 caminhões, dos quais 200 são próprios.

Nada mal para quem começou fabricando farelo para indústrias alimentícias e enfrentado muita dificuldade. E a indústria não para de crescer, pois está prestes a inaugurar uma nova unidade de distribuição em Minas Gerais. A obra vai aumentar a eficiência em Minas e possibilitar a abertura de novos mercados em Espírito Santo e uma parte do Rio de Janeiro que ainda não é atendida.

“Foi uma mistura de sorte por iniciar num momento certo para o mercado pet, mas também houve competência para aproveitar as oportunidades”, avalia Priscila Manfrim, diretora administrativa da empresa, sobre o surgimento da Special Dog. “Esta competência, sem dúvida alguma, trouxe a empresa para o patamar atual”, diz.

 

Priscila Manfrim, diretora administrativa da Special Dog, diz que a indústria tem planos constantes de crescimento

 

Há 22 anos, a família estava no ramo de farinha de arroz, fornecendo o produto para inúmeras grandes indústrias brasileiras, inclusive de alimentos. Ao tentar expandir o negócio, o grupo tentou fabricar glicose a partir do arroz para atender cervejarias, mas a fábrica ficou 36 meses em construção e não conseguiu obter um produto de qualidade.

Porém, fracasso nunca foi uma palavra usada pelos irmãos Manfrim. Surgiu, então, a ideia de fabricar ração animal. “Foi através de uma informação vinda de um conhecido de forma muito informal. Ele destacou o crescimento do mercado naquele momento”, contou Priscila.

Foram poucos anos para que a Special Dog se agigantasse. A primeira carga faturada saiu da empresa no dia 7 de fevereiro de 2001.

“O mercado pet, como um todo e não somente o de ração, segue em desenvolvimento. Os principais fabricantes, que se consolidaram no mercado, são três empresas familiares que, coincidentemente, surgiram há pouco mais de 20 anos”, afirmou Priscila.

Entre as três, está a Special Dog, que tem uma grande preocupação com a qualidade de seus produtos e do atendimento. A indústria possui um centro de pesquisas e até um painel onde cães e gatos são os degustadores dos alimentos. São eles, com seus refinados paladares, que dão a palavra final sobre a qualidade, num momento em que o produto já passou por todos os testes possíveis pelos técnicos humanos.

 

 

A empresa santa-cruzense construiu em 2019 uma nova fábrica totalmente automatizada para produzir alimentos úmidos. Foi uma nova aposta visando a exportação dos produtos, hoje distribuídos na América do Sul há sete anos.

No índice geral, a exportação ainda representa pouco mais de 1% da produção. “Mas é um mercado promissor”, afirma Priscila.  “É um negócio mais específico, pois cada país tem sua legislação específica e um mercado consumidor próprio que impõe estratégias diferentes. Mas como tempos capacidade produtiva, a exportação é muito interessante”, diz a diretora administrativa.

A fábrica de patês e sachês, por exemplo já está próxima da capacidade total produtiva. Mas a empresa, segundo Priscila, já planeja dobrar a produção em um prazo relativamente curto.

Segundo ela, o alimento úmido é o que mais cresce no mercado porque é muito palatável e prático para os cães e gatos. Dobrar a produção significa investir em equipamentos e ampliar a fábrica automatizada. “E temos espaço para isto”, diz Priscila, já que a Special Dog está instalada praticamente num sítio, embora na área urbanizada de Santa Cruz.

O alimento seco também é outro desafio para o futuro. Nas instalações da indústria, há quatro fábricas produzindo estes alimentos na área central da Special Dog. “Estamos perto da capacidade produtiva mensal e estamos avaliando como produzir mais no mesmo espaço. Mas estamos sempre em constante ampliação”, diz.

A empresa também se preocupa com atividades sociais. O “Centro Cultural Special Dog”, localizado na praça Leônidas Camarinha, está prestes a completar uma década e é um fomentador da cultura e da música não apenas para os colaboradores, mas também para a sociedade de Santa Cruz. Hoje, de acordo com Priscila, 30% dos 500 alunos matriculados no Centro Cultural têm vínculo com os colaboradores, enquanto outros 70% são da sociedade santa-cruzense em geral. “Isto é importante porque mostra que a comunidade está usufruindo”, diz Priscila.

A Special Dog também tem projeto de voluntariado para beneficiar entidades assistenciais de Santa Cruz do Rio Pardo. Além disso, há sete anos a empresa criou um departamento voltado para a responsabilidade socioambiental. O resultado é uma gestão hídrica em que 33% de toda a água utilizada na fábrica provém de fontes alternativas e práticas de reuso. O projeto “Guarda Chuva” utiliza os telhados das fábricas para captar água pluvial para usos secundários.

“Nossa preocupação é cuidar de todos os colaboradores. É difícil com 1,6 mil pessoas, mas ao mesmo tempo um desafio que nos impulsiona a buscar sempre mais”, disse Priscila Manfrim.

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