ECONOMIA

Credores dão aval ao plano de recuperação da Rosalito

Em recuperação judicial desde 2021, cerealista deu importante passo para contornar crise financeira

Credores dão aval ao plano de recuperação da Rosalito

Publicado em: 02 de julho de 2022 às 02:16

André Fleury Moraes

O Plano de Recuperação Judicial da Cerealista Rosalito, de Santa Cruz do Rio Pardo, foi aprovado pelos credores no âmbito do processo judicial de retomada da empresa.

Uma das maiores beneficiadoras de arroz da região e símbolo de um município pujante no setor de grãos, a cerealista foi impactada por uma reestruturação societária que prejudicou seu equilíbrio financeiro.

Na sequência veio a pandemia, e a recuperação judicial, solicitada em 2021, foi o melhor caminho que a cerealista encontrou para retomar as atividades e incorporar suas receitas.

Desde então, uma série de assembleias e reuniões discutiram uma proposta viável para a retomada da Rosalito, que chegou a suspender as atividades por alguns meses.

O plano definitivo, a oitava versão desde a primeira apresentação, foi aprovado na semana passada pelos credores e segue para homologação do juiz Marcelo Soares Mendes, que analisa a ação em Santa Cruz.

A Rosalito é representada no caso pelos escritórios Dasa Advogados e Marco Martins Advogados.

O passivo da cerealista soma cerca de R$ 50 milhões. A previsão, segundo a proposta de recuperação, é de que a dívida seja quitada em 150 parcelas mensais consecutivas. Uma das apostas da cerealista para contornar a crise está na venda de parte de sua estrutura.

Fundada em 1984 pela família Pegorer, a Rosalito se consolidou ao longo dos anos como uma das maiores indústrias de arroz em Santa Cruz. Na década de 1990, fez altos investimentos em tecnologia e ampliou seu parque industrial com maquinários de última geração.

O crescimento foi natural. Em 2017, por exemplo, mantinha 35 frotas de caminhão e produziu 123 mil toneladas. Dois anos depois, em 2019, obteve R$ 300 milhões em faturamento bruto.

Em nota, Carlos Deneszczuk, sócio da Dasa Advogados, afirmou que “a recuperação judicial, conduzida por especialistas no assunto, tem como propósito solucionar conflitos de interesses empresariais, constituindo-se como instrumento eficaz para que empresas em delicada situação tenham a oportunidade de se reorganizar, e consequentemente, superar o momento de dificuldade com o escopo de manter de suas atividades e prosperar”.

Também em nota, Marcos Martins, sócio-fundador do Marcos Martins Advogados, ressalta que “a ferramenta jurídica da recuperação judicial é o melhor caminho para dar sobrevida às empresas atingidas pela crise, para a preservação da empresa, das suas atividades, e que proporcionará estímulo à economia e exercício da função social”.

Disse ainda ser “um imenso orgulho” fazer parte da reestruturação “de um grupo econômico que possui relevantíssima atuação no agronegócio brasileiro. Temos a total confiança de que será mais uma recuperação com êxito e que a empresa se encontrará plenamente reestruturada e de volta ao caminho do sucesso empresarial”.

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