ECONOMIA

Fechado há um ano, dívida acumulada de campo já soma mais de R$ 100 mil

Dívidas aumentam, prefeitura segue executando impostos, e responsável reclama

Fechado há um ano, dívida acumulada de campo já soma mais de R$ 100 mil

Antônio Carlos, 42, é taxativo: “Sem apoio, posso perder o emprego”

Publicado em: 12 de junho de 2021 às 02:21

André Fleury Moraes

Dois times de cinco a sete jogadores em cada lado do campo. Pelo menos quatro jogos por dia eram marcados no único campo de futebol sintético particular de Santa Cruz do Rio Pardo antes da pandemia. Desde que o vírus chegou, porém, as peladas estão suspensas e não há previsão de voltar — e nem disposição do governo em regulamentar a atividade. Apesar disso, a prefeitura segue cobrando os impostos municipais. Responsável pelo estabelecimento, Antônio Carlos Campo Prado, 42, reclama e diz que é possível dar aval ao funcionamento do esporte.

O campo existe desde 2014 e recebia, quando permitido, jogadores de todas as idades. Do período da manhã até à noite, muitas vezes não havia horário para quem ligasse de última hora. O sucesso foi tamanho que, pela demanda, o proprietário — que mora em Piracicaba —, investiu na compra de mais um terreno para construir um novo campo, que foi inaugurado em 2019.

A loteadora que viabilizou a compra do terreno, para alento do empresário, suspendeu os pagamentos da área por um determinado período. Mas as parcelas logo vão retomar. O prejuízo acumulado, segundo Antônio Carlos, já soma em torno de R$ 100 mil.

E não há previsão de retorno. O proprietário do campo já veio a Santa Cruz para pedir ajuda do prefeito Diego Singolani, que rejeitou a hipótese de retomar a atividade. “Foram algumas reuniões e o governo sempre diz que não pode autorizar porque outros municípios não permitem o esporte”, afirma. Antônio contesta a versão da administração.

“Em Piracicaba, por exemplo, foi o próprio advogado de meu chefe quem montou o protocolo para o retorno das atividades esportivas nos campos de futebol”, diz. “E não houve agravamento da pandemia”, cita. Em Ourinhos, por exemplo, até mesmo políticos jogam futebol nos campos públicos ou privados.

“O que nós percebemos, na verdade, é que o esporte em Santa Cruz é um setor esquecido. Nenhum político vem aqui no campo desde 2014, quando abrimos. O único que deu uma atenção foi o vereador Juninho Souza, que me ligou para ficar a par da situação”, disse.

Sem apoio do poder público, diz Antônio, o empresário que mantém o campo de futebol sintético já planeja fechar o recinto. “E aí eu perco o emprego. Fazer o quê? Ele está certo. Vai investir em uma cidade que não dá apoio ao esporte?”, critica.

Na semana passada, o prefeito Diego Singolani (PSD) reclamou em vídeo publicado nas redes sociais sobre a utilização de outros campos de futebol — públicos, neste caso — no município. Na vila Divineia e no bairro da Estação, por exemplo, munícipes usam com frequência o espaço esportivo.

Para pelo menos conseguir pagar as contas básicas do local, como água e luz, Antônio tem alugado o campo sintético para treinamentos funcionais. “Eu vejo uma contradição. Posso alugar para ser utilizado como uma espécie de academia, mas não posso agendar jogos para os munícipes”, afirma.

O valor, porém, não equivale nem sequer a 20% da arrecadação do campo quando há partidas de futebol

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