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Cidade enfrenta surto de cinomose, e veterinário faz alerta

Veterinário Renan Buzolin diz que queda da vacinação em animais é principal causa

Cidade enfrenta surto de cinomose, e veterinário faz alerta

O veterinário Renan Buzolin, que alerta para os perigos do vírus

Publicado em: 16 de abril de 2022 às 00:38

Sérgio Fleury Moraes

A cinomose, doença grave que afeta milhões de cães no mundo todo, já é uma ameaça em Santa Cruz. A cidade, confirmou o veterinário Renan Buzolin, 30, sofre com um surto de cinomose há alguns meses, motivado principalmente pela redução da vacinação. “Nos últimos 30 dias, os casos da doença em Santa Cruz subiram muito. Há várias causas, mas a falta da vacina é a principal”, alerta.

Quando não é fatal, o vírus da cinomose deixa sequelas graves no animal, especialmente neurológicas.

Nestes casos, o cachorro pode sofrer espasmos musculares e até perder o movimento das patas. Em casos avançados, muitos tutores ou até veterinários recomendam a eutanásia, quando o cão se torna agressivo e não reconhece mais o dono.

A doença é altamente contagiosa e pode ser transmitida pela descarga nasal, fezes ou urina. “Ambientes fechados, como casinhas, também são focos de transmissão”, disse. Embora a cinomose não atinja humanos, eles podem levar o vírus para casa, por exemplo na sola do sapato.

Renan, que assumiu a clínica “Buzolin” fundada pelo tio Edson Buzolin, que morreu no ano passado, aponta que o tutor deve ficar atento aos sinais da cinomose. “O cão fica apático, com uma diarreia discreta, excesso de secreção amarelada, falta de ar e perda do apetite”, explicou. Segundo ele, o diagnóstico precoce ajuda no tratamento e existem testes rápidos para detectar a cinomose.

“A única prevenção é a vacina”, alertou o veterinário, para quem o tratamento tradicional é “quase paliativo” para combater o vírus. “O quanto antes a doença for descoberta, as chances do animal de sobreviver aumentam”, disse.

Segundo ele, os tutores acabam se acomodando e se esquecem de vacinar seus animais. “A maioria acha que o cão está seguro em casa”. O protocolo vacinal prevê a primeira dose a partir dos 45 dias de vida. “São três doses iniciais, com intervalos que podem ser de até 30 dias. Em seguida, o reforço é anual. Se o animal atrasar a vacinação, o protocolo deve ser reiniciado”, afirmou.

A vacina pode ser iniciada em qualquer idade do cachorro. Existem tratamentos alternativos que se mostraram eficazes. Renan cita a acupuntura, disponível na clínica de Santa Cruz, que tem ajudado muitos animais na recuperação.

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