GERAL

Fascismo

Coluna de Luiz Antonio Sampaio Gouveia

Fascismo

Publicado em: 02 de outubro de 2021 às 03:44

O que qualifica ou desqualifica nossos dias, é o não saber em consequência da contracultura que está em quase todos os lugares e que, em todo mundo, toma o rumo do absurdo, como se fosse a ignorância efetivamente o saber. Uma pena que nos conduz à perplexidade e ao desânimo como se qualquer reação a esta doutrina, fosse impossível e é neste ponto que a política da imbecilidade estimula as massas e elimina a reação da cultura para tomar o poder.

Nada mais ridículo em nosso tempo que esta divisão esquerda ou direita, em que o satânico é o comunismo (que não mais existe em senso de poder) e o absurdo, o fascismo, que sempre existiu e existe como uma doença inevitável da sociedade humana, havendo mesmo quem diga, prefiro a ditadura totalitária (o fascismo) ao comunismo e satura ver o ponto a que chegou o destempero em escolher entre esta morte morrida do ser humano e o seu suicídio político.

Neste contexto, o exemplo de Benito Mussolini (o motociclista fascista italiano) ou o nacional socialista, que foi Adolf Hitler (que elegeu como instrumento para atingir seu poder diabólico a perseguição ao judeu e o combate doentio ao comunismo), são efetivamente qualificados socialistas e os que o idolatram, os admiram por serem combatentes do socialismo. Não poderiam.

Nos dias de hoje quando se ouve a incômoda doutrina do eu quero combater o socialismo, está a se dizer, quero mesmo combater o comunismo.

Mas se no campo ideal, o comunismo é quase um cristianismo, como o nazismo e o fascismo de Mussolini, com suas motos e cassacos de couro, o comunismo, como o nazifascismo, deturpa-se em um mecanismo de dominação política e supressão das liberdades, cujo único objetivo é a dominação total da vida humana, em que o ser humano se transforma em um molusco a serviço do Estado, muito embora em termos ideais, o comunismo venha a abolir o Estado, para instituir quase um governo de cada um por si próprio, enquanto para o fascismo, o Estado é eterno, em seu totalitarismo.

Neste quadro, tanto o fascismo como o comunismo são irmãos siameses, um grudado ao outro. Ambos criam estados totalitários, em que a lei é o chefe do governo e do Estado, enquanto, a arte, a música, a literatura, o teatro, o cinema, a poesia, o esporte, a cultura, a pintura, tudo em enfim que seja o ser humano em suas múltiplas dimensões existe para servir a um chefe, que no fascismo italiano é o Duce, no nazismo, o Füher, fonte e instrumento de todo Direito, em verdade, um mito.

Estes movimentos comunismo e fascismo são contrários à diversidade porque somente existe o ser o humano por eles construído, ou seja, um robô que não pensa, criado de acordo com seus modelos ditos socialistas, um homem novo, a se gerar no meio de suas doutrinas de castração humana, em senso cultural, mas, às vezes até físicos mesmo, serviçal sem raciocínio ao Estado que o fascismo eterniza e o comunismo não conseguiu desfazer.

O Brasil tem escolha, nesta misteriosa encruzilhada do destino. Pode escolher em qualquer dimensão da vida, mas não podem os brasileiros dizer prefiro um ao outro, o fascismo ao comunismo porque se o mote é conservar minhas terras ou manter minha casa, é preciso dizer que na democracia social constitucional em vigor, que não é o fascismo ou o nazismo, nem a lengalenga tola, sou direito ou de esquerda, o que vai segurar a barra é o Estado de Direito. Se não, o último a sair é quem vai apagar a luz do aeroporto, se não for apagado antes

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