O aposentado João Carfi, que mora numa chácara a aproximadamente 900 metros da caçamba
Publicado em: 19 de janeiro de 2024 às 18:48
Sérgio Fleury Moraes
Um local que seria para descarte exclusivo de lixo da comunidade da “Chácara Peixe” localizada abaixo da rodovia SP-225 virou um depósito de entulhos e até animais usado por moradores da área urbanizada de Santa Cruz do Rio Pardo. Segundo moradores do bairro, é comum as pessoas irem até as caçambas para descartar todo o tipo de materiais.
A situação é ainda pior porque existem cachorros que vivem nos arredores da área rural e reviram o lixo em busca de alimentos. Os animais, na verdade, foram descartados pelos donos naquela região de Santa Cruz do Rio Pardo e vivem em bandos. Há algumas semanas, moradores encontraram uma caixa no meio do mato com cinco cachorrinhos.
A enorme área fica abaixo da rodovia SP-225 e não está urbanizada. Recentemente, a Justiça decidiu, nos autos de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público, que o loteamento é clandestino e deve ser desfeito, sob pena de multa. A outra parte da “Chácara Peixe”, localizada acima da rodovia, está urbanizada e, inclusive, teve a maior parte das terras legalizada por meio de um acordo judicial.
Entretanto, mesmo sendo um loteamento considerado ilegal, há algumas famílias que moram nas imediações há muitos anos. É por isso que a prefeitura instalou, ao longo do tempo, caçambas para a coleta de lixo orgânico. Inicialmente, a caçamba estava instalada no trevo da SP-225 que dá acesso ao bairro rural. Depois, o equipamento foi deslocado a aproximadamente 1.000 metros à frente.
O problema é que moradores da área urbana de Santa Cruz estão levando seus lixos para descarte no local. E a maioria não é orgânico. São restos de materiais de construção, animais mortos — como galinhas, cachorros, gatos e até ratos — e até móveis ou retalhos de panos e sacos plásticos. Há uns dias, havia um colchão estirado no mato.
“Tem dia que ninguém suporta a fedentina que fica neste local. Há até empresas que descartam pedaços de vigas de cimento e troncos de árvores”, contou o aposentado João Carfi, que mora numa chácara a aproximadamente 900 metros da caçamba.
Segundo ele, caminhões recolhem somente a caçamba, deixando restos de materiais espalhados pelo chão. “De vez em quando, tem gente que coloca fogo para reduzir o volume”, explicou. “Quando a situação é muito crítica, uma máquina da prefeitura ajuda a coletar o material”, disse.
O aposentado, aliás, avalia que a prefeitura não é maior culpada pela situação. “São aqueles moradores que descartam todo tipo de lixo por aqui. Isto é um descaso e eles precisam parar com este hábito”, reclamou. “Todo mundo reclama, pois as caçambas são para o lixo comum produzido pelas famílias que residem no bairro”, afirmou.
Procurado, o secretário do Meio Ambiente Cristiano Miranda admite que o problema naquela área é de comportamento de algumas pessoas. “O propósito é atender o pessoal das chácaras e sítios, mas tem gente que desrespeita”, disse. O secretário informou que nos próximos dias uma máquina da Codesan vai providenciar uma limpeza no local das caçambas.
“O descarte correto não é problema algum, mas o pessoal abusa e leva todo tipo de lixo para aquele espaço”, disse. Miranda anunciou que, após a “Festa do Peão de Boiadeiro”, a prefeitura vai deslocar quatro caçambas para a “Chácara Peixe”, o que pode amenizar o problema.
Sobre os animais que vivem no mato da “Chácara Peixe”, o secretário informou que a equipe do projeto “Pro Bem” já conseguiu castrar pelo menos seis dos 13 cachorros que foram cadastrados na área.
Previsão do tempo para: Terça
Durante a primeira metade do dia Céu nublado com aguaceiros e tempestades com tendência na segunda metade do dia para Períodos nublados com aguaceiros e tempestades
COMPRA
R$ 6,04VENDA
R$ 6,05MÁXIMO
R$ 6,10MÍNIMO
R$ 6,00COMPRA
R$ 5,91VENDA
R$ 6,27MÁXIMO
R$ 6,12MÍNIMO
R$ 6,04COMPRA
R$ 6,35VENDA
R$ 6,36MÁXIMO
R$ 6,41MÍNIMO
R$ 6,35Voltar ao topo