Com uma arquitetura moderna, projeto do futuro “lanchódromo” contempla amplo espaço para frequentadores e local para shows
Publicado em: 28 de março de 2023 às 16:23
Sérgio Fleury Moraes
Até o próximo ano, o espaço ao lado da praça Leônidas Camarinha, no centro de Santa Cruz do Rio Pardo, será transformado. A construção do novo “lanchódromo” vai começar nos próximos dias e as obras podem estar concluídas no início do próximo ano.
O projeto prevê uma área de alimentação moderna, com amplo espaço para frequentadores e com possibilidade de apresentação de shows artísticos.
Os comerciantes que deixaram o local nos últimos meses ganharam uma opção provisória da prefeitura e poderão instalar seus trailers na rua em frente ao “Museu Municipal Ernesto Bertoldi”, no bairro da Estação. O local foi estruturado com energia elétrica, banheiro químico e iluminação LED.
Depois, eles terão o direito de se cadastrarem para terem direito ao novo espaço.
Segundo o prefeito Diego Singolani (PSD), a construtora que venceu a licitação prometeu iniciar a construção até o início de abril. “Acredito que a gente tem de parar com aquela mania de achar que obra pública deve ser feia. Ao contrário, a obra pública deve ser bonita igual à iniciativa privada”, disse.
A área pertencia ao INSS desde 1969, quando o instituto federal ainda se chamava INPS. O terreno de quase 49 metros de frente para a praça principal da cidade e 38 metros de fundo foi doado pelo então prefeito Onofre Rosa de Oliveira para que o INSS construísse sua sede própria no prazo de três anos.
Começou, então, uma novela interminável. Em 1975, na administração de Joaquim Severino Martins, o INSS ganhou mais três anos de prazo para a construção, sob pena de reversão do imóvel ao município.
Como as obras não saíram do papel, em 1978 o prefeito Aniceto Gonçalves concedeu mais dois anos de prazo, igualmente sob pena de reversão.
Em 1979, a administração resolveu estipular um prazo de mais dois anos, mas retirou a cláusula de reversão do imóvel ao município. Desde então, a doação do terreno ficou condicionada à construção da sede do INSS, mas sem prazo para a construção.
O instituto federal conseguiu até a propriedade definitiva do terreno, que seguiu abandonado por muitos anos.
Em meados da década de 1990, o então prefeito Manoel Carlos Manezinho Pereira “autorizou”, sem consulta ao INSS, a instalação de barracas de alimentação no local. Nos anos seguintes, o órgão federal ingressou com ação judicial pedindo a desocupação total do terreno.
A existência do “lanchódromo”, na verdade, evitou um abandono maior do terreno, que antes era um matagal.
O impasse persistiu nas administrações de Clóvis Guimarães Teixeira Coelho, Adilson Mira, Maura Macieirinha e Otacílio Parras.
No ano passado, finalmente o caso teve um desfecho favorável ao município. O prefeito Diego Singolani (PSD), através do deputado Marcos Pereira (Republicanos), conseguiu a reversão do terreno ao município. O ato foi assinado pelo então ministro do Trabalho e Previdência Social José Carlos de Oliveira.
Diego também fechou um acordo com os comerciantes do antigo “lanchódromo”, que desocuparam a área sob promessa de preferência no cadastramento do novo espaço.
O projeto também pode contemplar o fechamento ao trânsito da quadra entre as ruas Joaquim Manoel de Andrade e Coronel Júlio Salgado. Ao invés do asfalto, o espaço deverá ganhar ladrilhos para unir a praça Leônidas Camarinha ao novo “lanchódromo”.
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