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Programa ajuda localizar o assassino de ‘dona Nica’

Publicado em: 04 de novembro de 2001 às 19:07
Atualizado em: 30 de março de 2021 às 05:04

O assassino de Maria Viana Simões Araújo, 82, — a “dona Nica”, ex-diretora da Fundação Breno Noronha, de Ipaussu, foi preso por volta das 16h de quinta-feira, 25, em Cianorte (PR).

A prisão ocorreu depois que o programa Linha Direta, da Rede Globo, exibiu uma reconstituição do crime e mostrou a foto do assassino Edson Armeliato. Ele estava foragido desde agosto do ano passado, quanto fugiu da Cadeia Pública de Santa Cruz do Rio Pardo com outros oito detentos.

Após a exibição de sua foto na tevê, Armeliato foi reconhecido e preso em seguida.

O crime aconteceu em junho do ano passado. Dona Nica foi assassinada durante a madrugada enquanto dormia em seu quarto, que ficava na instituição onde trabalhou por 25 anos.

O assassino entrou no quarto dela, cortou os fios do telefone, lhe deu sete facadas e tampou sua boca com um travesseiro.

O corpo de dona Nica foi encontrado às 8h por um garoto de dez anos que passava o dia na instituição. O menino havia ido até o quarto para chamar a mulher.

A polícia de Ipaussu prendeu Armeliato no mesmo dia do crime. Ele confessou ter cometido o assassinato por vingança depois de ter ingerido bebida alcoólica. Disse que dona Nica e ele brigavam constantemente.

A polícia teve que transferir Armeliato da cadeia de Ipaussu para a cadeia de Santa Cruz porque dona Nica era muito bem vista pelos presos. Ela costumava levar doações de agasalhos, cobertores, remédios e promovia festas no final do ano na cadeia.

O crime chocou a população de Ipaussu pela violência com que foi cometido e pela notoriedade que dona Nica tinha na cidade, por causa de sua dedicação às obras sociais.

Armeliato foi interno da Fundação Breno Noronha dos 11 aos 20 anos. Permaneceu na instituição mesmo depois de completar maioridade porque dizia não ter para onde ir. Em agosto de 1999, entretanto, ele deixou a fundação e foi morar com amigos.

Algum tempo depois brigou com os companheiros e foi morar sob uma ponte na cidade. Nesse local, os policiais encontraram uma série de objetos que ele havia furtado da instituição.

Na próxima semana, ele deverá ser transferido para uma cadeia da região, onde deverá aguardar julgamento.