Publicado em: 29 de maio de 2021 às 00:00
Atualizado em: 29 de maio de 2021 às 02:45
BOQUINHA Em 2014, quando seu pai era presidente da Ummes e prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo, o médico Mauro Assis, filho do ex-prefeito Otacílio Parras, foi contratado para trabalhar em uma Unidade Básica de Saúde de... Santa Cruz do Rio Pardo.
BOQUINHA 2 Mauro presta serviços até hoje na mesma UBS José Carqueijo. Não houve concurso, não houve licitação, e ele foi contratado como “autônomo”. A Abedesc, empresa que gerencia médicos nas unidades, não aponta o filho do ex-prefeito como prestador de serviço em seus documentos. Em suma, não se sabe quem paga e quanto recebe o primogênito do ortopedista Parras.
BOQUINHA 3 Em 2018, quando seu pai já era vereador, Danilo Heitor — filho do parlamentar Lourival Heitor — também foi contratado para trabalhar em uma UBS de Santa Cruz. Com carga horária mensal de 40 horas, não prestou concurso e não consta nos registros da Abedesc.
BOQUINHA 5 Na mesma época, o mesmo Lourival já mantinha contratos com a Abedesc para prestação de serviços radiológicos. A empresa, naquele tempo, tinha dois funcionários apenas: Lourival e seu próprio filho. Está explicado por que os vereadores rejeitaram o projeto sobre nepotismo em OSs.
DÚVIDA CRUEL Alguém sabe por onde anda o vereador licenciado e atual secretário de Esportes, Adriano Campanha?
SEM FISCALIZAÇÃO A Câmara de Santa Cruz rejeitou uma emenda do vereador Juninho Souza (Republicanos), que determinava uma prestação de contas nos repasses milionários do município ao setor de Saúde durante a pandemia do coronavírus, especialmente à Santa Casa de Misericórdia. Para vereadores governistas, a emenda era desnecessária porque o Portal da Transparência, segundo eles acessível a qualquer cidadão, já contêm todas as informações.
SEM FISCALIZAÇÃO 2 O problema é que nem tudo está no portal e nem é fiscalizado por quem de direito. Órgãos como Abedesc e Santa Casa não detalham despesas feitas com o dinheiro do município.
CONTRADIÇÃO O vereador Juninho Souza criticou o fato do prefeito Diego Singolani (PSD) ter citado o nome do deputado Ricardo Madalena numa postagem com foto sobre a chegada de um equipamento comprado com dinheiro de emenda parlamentar. “Isto não pode, fere a Constituição”, disse na Câmara. Juninho, porém, foi autor de uma lei que obriga o município a publicar em seu Portal da Transparência o nome de deputados que beneficiaram a cidade com emendas.
MAU HUMOR O secretário de Finanças João Zarantonelli está sendo acusado de maltratar uma mulher que buscou a prefeitura para obter um documento. Há um BO na polícia que informa ter o secretário expulsado a mulher da sala aos gritos. O governo foi avisado e não se sabe se vai investigar.
Moção a Flávio Bolsonaro é barrada
Uma moção de apoio apresentada pelo vereador Juninho Souza foi tema de embates na Câmara durante a sessão de segunda-feira. Juninho propôs o documento sob o argumento de que o filho 01 do presidente teria mostrado “as reais intenções do Senado” ao xingar o relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros. O vereador Duzão disse que não dá para elogiar alguém sob altas suspeitas de corrupção (Flávio é pivô do suposto “escândalo das rachadinhas”), e Cristiano Tavares diz que é um eleitor arrependido de Bolsonaro. Nilton Fernandes, por sua vez, foi incisivo: afirmou ter votado contra em respeito às mais de 450 mil vidas perdidas.
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