O prefeito Diego Singolani (PSD) (Foto: André Fleury)
Publicado em: 22 de maio de 2021 às 00:00
André Fleury Moraes
O prefeito Diego Singolani (PSD) foi incisivo: “A Ummes não está autorizada a utilizar verba de Santa Cruz para enviar a Ourinhos”. A declaração foi feita ao DEBATE na sexta-feira, 21.
“Eles não poderiam ter feito isso. Nós temos um contrato com a Ummes que prevê a contratação de médicos em Unidades Básicas de Saúde e Postos de Saúde, este é o formal. Não tenho acesso ao que fizeram com Ourinhos. Mas se entrou crédito de Santa Cruz do Rio Pardo para pagar o hospital de Ourinhos está errado. Terão de justificar”, disse Diego.
Segundo o prefeito, o município não participa do custeio do hospital de campanha. “Eu pago apenas pelos serviços de Santa Cruz”, afirmou.
Prefeito de São Pedro do Turvo e presidente da Ummes, Marco Aurélio Pinheiro (PSDB) disse a princípio que não se lembrava do contrato. O tucano afirmou também que desconhece os convênios firmados entre a Ummes e a prefeitura de Ourinhos e que não presidia o consórcio na época em que o acordo foi formalizado.
Sobre o valor pago à Abedesc por serviços no hospital de campanha a partir de verba de Santa Cruz do Rio Pardo, Marquinho disse que, a princípio, pode ter ocorrido “uma falha”.
Depois, ligou de novo à reportagem e frisou que, em contato com o assessor jurídico Renan Ribeiro, o pagamento se refere a médicos “que não queriam mais atender nas unidades de saúde pelo contrato antigo” e que houve aumento no valor das horas médicas. Na realidade, o novo contrato diz formalmente “serviço de apoio à gestão do hospital de campanha”.
Segundo Pinheiro, o novo contrato emergencial se concretizou a partir de pedidos “de alguns municípios apenas”. Questionado, o prefeito Diego nega a solicitação. “O que há são aditamentos dos contratos anteriores”, declarou.
A reportagem procurou o prefeito Lucas Pocay de várias maneiras na semana passada, mas não obteve resposta. Na quarta-feira, questionou a assessoria de imprensa sobre quem bancava o hospital de campanha do município e obteve a informação de que receberia resposta no dia seguinte. Mas ninguém encaminhou nota.
Depois, o DEBATE ligou para a secretaria de Saúde de Ourinhos para tentar contato diretamente com algum secretário, mas a atendente informou que o jornal deveria solicitar à assessoria de imprensa — que não respondeu. A reportagem também ligou duas vezes para Pocay, mas ele não atendeu ou retornou
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