CULTURA

Articulações podem doer com mudanças no tempo

Articulações podem doer com mudanças no tempo

Publicado em: 08 de novembro de 2017 às 20:30
Atualizado em: 27 de março de 2021 às 19:38

Especialista diz que prever chuvas com

incômodos não é mito dos nossos avós

O médico Márcio Guerreiro alerta: prevenção é o melhor caminho

O médico Márcio Guerreiro alerta: prevenção é o melhor caminho



Sérgio Fleury Moraes

Da Reportagem Local

Começar a ter dores nas articulações ante a possibilidade de chuva não é um mero mito de nossos avós. Segundo o reumatologista Marcos Guerreiro, 32, o fato realmente acontece porque a pessoa que possui um processo inflamatório ganha uma sensibilidade maior nas articulações. “Isto faz a diferença, principalmente na época do frio. Acreditamos que isto está ligado a algumas proteínas que chamamos de crioglobulinas. Então, a vovó realmente estava certa”, disse o médico.

Algumas pessoas estão sofrendo com problemas nas articulações nos últimos meses, quando a temperatura começou a variar muito num único dia, além da incidência de ventos. O médico explicou que a intensidade das dores depende da pessoa e do tipo de inflamação, uma vez que as doenças reumatológicas são divididas em duas classes: as artrites reumatoides, que acometem pessoas mais jovens, a partir dos 20 anos, e as artroses, que são os desgastes nas articulações, geralmente a partir dos 40 anos. “Aos 70 anos, todos nós teremos artrose”, admite o especialista.

Marcos disse que há várias causas que influem no aparecimento das doenças reumatológicas, como os vários tipos de artrite, a fibromialgia e até o lúpus. Uma delas é a hereditariedade. “Mas também existem mecanismos que a gente chama de ‘gatilho’, como cigarro ou infecções de gengiva e garganta”, explicou.

Aliás, o reumatismo, como popularmente era conhecida qualquer doença nas articulações, deixou de fazer parte do dicionário médico. Hoje, os problemas que acontecem nos sistemas muscular e articular de origem não traumática, ganharam outros nomes. O que não mudou é a dor, que incomoda muito o paciente.

Em muitos casos, não há cura. No entanto, segundo Márcio Guerreiro, existem tratamentos para que o paciente tenha uma vida com dores menos intensas. “A artrose é combatida com remédios que vão proteger o colágeno, mas também há necessidade de fortalecer a musculatura acessória”, disse.

No caso das artrites, Guerreiro disse que o tratamento muda significativamente. “Neste caso, usamos remédios que segurem a nossa imunidade”, disse. Em geral, ele ressaltou que em qualquer caso os exercícios são fundamentais. “Tudo deve ser orientado com o tempo. Não é prudente colocar uma pessoa com dor numa academia. Antes, é preciso fazer o fortalecimento de outras formas”, explicou.

A dor, entretanto, nunca vai deixar o paciente. Quando a doença chega, o tratamento é a única forma de garantir uma vida mais saudável. Assim, segundo Marcos Guerreiro, o ideal é a prevenção.

“É muito importante parar de fumar. Além disso, a gordura é outro fator de risco, não necessariamente pela carga sobre a articulação, mas porque aumenta o processo inflamatório”, revelou. A alimentação adequada é outra recomendação, pois as pessoas não consomem adequadamente a vitamina D ou cálcio, importantes para os ossos. Por fim, entra a necessidade das atividades físicas. “Com tudo isso, mesmo que a pessoa tenha um fator hereditário, ela pode escapar destes problemas”, disse o médico.

Guerreiro conta que é comum encontrar pessoas idosas com articulações perfeitas. “É aquele vovô que trabalhou a vida inteira no sítio, por exemplo. Ele tem uma articulação melhor do que um médico ou advogado que trabalha em escritório”, contou.

Há casos de desgaste nas articulações que afetam tanto o paciente, com a limitação de movimentos, que a solução é cirúrgica, com a implantação de uma prótese. No entanto, quem usa demasiadamente as articulações, como atletas, também estão sujeitos a este tipo de desgaste.
SANTA CRUZ DO RIO PARDO

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