CULTURA

Artigo: 'Prevenção X sofrimento'

Artigo: 'Prevenção X sofrimento'

Publicado em: 14 de outubro de 2019 às 12:40
Atualizado em: 16 de março de 2021 às 15:41

Prevenção X sofrimento

Nayara Moreno

Da equipe de colaboradores



O Brasil, lamentavelmente, é um país que não está nem aí para métodos e rotinas de prevenção às doenças. Nós esperamos acontecer o pior para corrermos atrás do tratamento em vez de adotar hábitos saudáveis e práticas de alerta para ter mais qualidade de vida.

Enquanto países europeus investem cada vez mais em uma política de prevenção, ainda estamos por aqui em uma cultura de arrumar justificativas para explicar os motivos pelos quais somos tão desleixados com a própria saúde. Duas explicações são clássicas: falta de dinheiro e falta de tempo.

Porém, nossa ignorância é tamanha que não nos damos conta de que prevenir é exatamente, entre outros benefícios maiores, economizar tempo e dinheiro. E, quando falamos de idoso, o tema fica ainda mais sensível e urgente: estamos tratando também de evitar um sofrimento terrível.

Sempre quando se fala em métodos e rotinas de cuidados com a saúde, a primeira coisa que o idoso fala é: “Não precisa, eu estou bem”. E o pior de tudo é que os familiares fazem coro a uma afirmação tão perigosa quanto contraditória. Ora, é claro que adota-se a promoção à saúde em quem está saudável. Para quem já ficou doente não é mais um conceito de prevenção, e sim de tratamento. O estágio de cuidados já é outro.

Agora vamos derrubar as desculpas dadas por nós (idosos e filhos) para não cuidarmos como deveríamos da saúde de quem já passou dos 60 anos. Primeiro ponto: falta de dinheiro. É infinitamente mais barato manter um idoso com consultas médicas e de enfermagem regulares, hábitos de alimentação saudáveis, exercícios físicos, administração correta de medicamentos e plano prático de prevenção a acidentes do que, por exemplo, tratar uma fratura decorrente de uma queda, um problema cardíaco que foi negligenciado, um câncer não descoberto no início, uma doença no aparelho digestivo, cuidar de um paciente com Alzheimer, etc. Só os gastos com medicamentos...

Segundo: falta de tempo. Quem já passou pela experiência de cuidar ou ajudar a cuidar/acompanhar um idoso doente sabe que é necessário ter disposição e disponibilidade, além de muito preparo psicológico, ainda mais, por exemplo, se for acamado. O número de consultas médicas e de enfermagem, idas a hospital, ida a farmácia, tratamento de doenças oportunistas por conta do idoso estar debilitado e outras situações aumentam muito em comparação a um idoso que adota a rotina preventiva. A logística para cuidar de um doente é complexa.

Isso, sem falar, no principal: vê-lo sofrendo por algo que era possível evitar. Esse arrependimento dói muito no paciente e na família. Se apenas um dos nossos caros leitores e caríssimas leitoras refletir após essa leitura e proporcionar ao idoso um acompanhamento profissional para cuidar de sua saúde, esse texto já terá valido a pena. 



  • Publicado na edição impressa de 06/10/2019




* Nayara Moreno

é enfermeira

pós-graduada e

Responsável Técnica

pela AleNeto Enfermagem 


 

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