CULTURA

Artigo: ‘Dor, a nossa amiga'

Artigo: ‘Dor, a nossa amiga'

Publicado em: 31 de janeiro de 2020 às 16:00
Atualizado em: 28 de março de 2021 às 08:24

Dor, a nossa amiga

Nayara Moreno

Da equipe de colaboradores

Não tem jeito. Passou dos 60, lá está ela: na cabeça, na coluna, na perna, no pescoço. A dor, essa companheira inseparável do idoso. Depois de uma determinada idade, todos têm. Saber viver com a dita cuja é o grande segredo para ter mais qualidade de vida.

Medicamentos, exercícios, fisioterapia e tratamentos alternativos (conduzidos por profissionais sérios, não por charlatões) são essenciais na luta contra a dor. Mas a principal arma contra esse incrível incômodo é a inteligência emocional. A luta contra a dor é vencida pelo seu cérebro. A disputa deve ser muito mais psicológica do que física. Pois, no embate físico, ela sempre irá vencer.

Nesta guerra, o primeiro movimento do idoso deve ser admitir e aceitar que aquela dor crônica vai acompanhá-lo, em maior ou menor intensidade, para o resto da vida. Muito dificilmente ela irá desaparecer por completo e não voltar. Portanto, cabe ao paciente encontrar atalhos para não deixar que a aquela dor o paralise.

Aí é que está. Muitas vezes, a dor não tem o poder de comprometer totalmente o idoso. Mas a falta de preparo emocional para lidar com aquilo é tamanha (associada a outras características pessoais) que o que era uma dor na perna virou algo tão forte (na mente do paciente) que agora o idoso passa os dias sentado, lamentando sentir a dor. Porém, ele é muito mais vítima de suas lamentações do que da própria dor em si.

Ao invés de “travar”, o idoso deve reaprender a se movimentar e continuar fazendo a maioria das tarefas que fazia, mas de maneira que respeite mais sua ergonomia e suas limitações. Não precisa deixar de fazer tudo; é só fazer quase tudo de maneira diferente.

Dar mais importância à dor do que ela de fato tem significa potencializar uma situação ruim e até mascarar outros problemas. Será que a dor na coluna realmente o impede totalmente de ir ao churrasco da família no domingo ou existe uma dorzinha na alma que é mais perigosa e, essa sim, o deixa desanimado e longe de todos.

A dor física pode servir de muleta para o idoso e, a partir daí, ser uma desculpa que o afunda cada vez mais na poltrona. O corpo humano, por mais que se adapte ao meio, não foi “construído” para enfrentar a maluquice do mundo atual e ainda sofre com a pressão e a velocidade em que vivemos. Resultado: mais dor.

Dor, dor, dor. Não adianta fugir desta danada. Ela está ali. Conviva com esse drama da melhor maneira possível. E lembre-se que mais forte do que a dor no joelho é a dor na alma.

* Nayara Moreno

é enfermeira

pós-graduada

e Responsável

Técnica pela

AleNeto

Enfermagem 




  • Publicado na edição impressa de 26/01/2020


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