CULTURA

CARTAS – Edição de 09/02/2020

CARTAS – Edição de 09/02/2020

Publicado em: 13 de fevereiro de 2020 às 14:43
Atualizado em: 29 de março de 2021 às 12:07

Esclarecimentos sobre a foto do asilo

Senhor diretor:

Da publicação “Fotos do Leitor”, a foto disponibilizada por Edilson Arcoleze, intitulada de “Antigo asilo de Santa Cruz”, respeitosamente e sem polemizar, parece-nos equivocada, considerando documentos da época — 1946.

A Sociedade de São Vicente de Paulo, SSVP faz-se presente em Santa Cruz do Rio Pardo desde 21 de fevereiro de 1915, com a Conferência de São José e seguidas, atuando em três áreas: o Conselho Particular da SSVP criado em 24 de outubro de 1944; o Lar São Vicente de Paulo, em exercício desde 1938, com antiga sede na atual Praça Carlos Queiroz, onde funcionou até 1946, e então transferido para o endereço atual Rua José Epiphânio Botelho — Praça São Sebastião, com regulamentação em 10 de março de 1946; e o lar Fermino Magnani (...) — que não vem ao caso presente.

A entidade manteve, paralelo, um dispensário assistencial (saúde), onde hoje fica nos fundos (salão) da Casa Paroquial — nba Matriz de São Sebastião, sediando equipes de saúde e fornecendo medicamentos em algumas epidemias localizadas.

A título de informações extras e para melhor se situar o leitor, onde é, assim conhecido, ‘Lar do Menor’, foi hipódromo santa-cruzense, que antigas referências citam fundos para a sede da Fazenda do Peixe — a conhecida “Chácara Peixe”, sendo o casarão sede com frente para a rua Benjamin Constant. E por lá foi a residência do capitão José Antonio de Moraes Peixe e sua mulher, sendo que depois residiu Joaquim de Souza Campos, sendo tal casarão demolido na época que se pretendeu a construção do novo Asilo-Lar, em 1946, com frente para a atual José Epiphanio Botelho.

Anexamos a foto do antigo asilo na praça Carlos Queiroz — acervo do saudoso Noir José Rodrigues — e do asilo inaugurado em 1946 — acervo Geraldo Vieira Martins Junior (nota da redação: publicada nesta página), ambas do arquivo original do hebdomadário ‘A Cidade’, do saudoso Renato Taveiros.

— Celso Prado e Junko Sato Prado (S. Cruz do Rio Pardo-SP)




Definições de amor

segundo a Bíblia

Quando estamos lendo ou escrevendo sobre “amor”, encontramos variedades, diversidades e muitas definições desta palavra. Isto advém devido às imensas literaturas e gêneros variáveis que tratam deste substantivo. Ex: Eros: É o amor que existe entre homem e mulher, incluindo os aspectos sexuais. A Bíblia descreve com bastante propriedade esse tipo de amor no livro Cântico dos Cânticos, escrito por Salomão. A palavra paixão descreve uma parte desse amor, o seu aspecto mais físico, mas o amor “eros” vai além disso. O “eros” é um amor exigente, pois espera retribuição. Quer exclusividade e sofre muito com o ciúme. Amor “fileo”: É o amor de uma amizade, fraternal, social. Esse vocábulo grego (“fileo”) significa “amor entre irmãos” ou “amizade fraternal”. Amizade entre amigos (as). Em suma, se você possui boas amizades, logo o que está em evidência é o amor “fileo”. Amor “storge”: É o amor conjugal, familiar e doméstico. Longe de ser interesseiro. Esse amor é humilde, objetivo e sacrificial. É o amor que une o marido à sua mulher bem como os pais aos filhos. Logo, em um lar onde reina a harmonia, está em ação o amor “storge”. Amor “ágape”: Dos quatro, este é o amor maior, pois tem origem no próprio Deus, que é a revelação clara desse amor. Esse amor é incondicional, um dos atributos do Criador. Ou seja, não espera nada em troca. Deus não precisa esperar que alguém o ame para retribuir esse amor. Aliás, com esse amor é possível amarmos até os nossos inimigos (Mt 5: 44). Ele também é infalível e eterno, como se pode ver em 1Coríntios 13:8-13. Hoje há muitas brigas, desentendimentos e até morte por “amor”. Você pode me dizer: Rodrigo, mas eu a amo! E mato se ela (ele) se separar de mim. Caso tenhamos um sentimento aponto de matar por amor, isso é tudo, menos amor! A pergunta que deixo na forma de resposta é: Essa ligação sentimental que você descreve como “amor”, se enquadra nas expostas a cima? Sim? Procure saber com que tipo de amor mais te traduz. E, procure agir de acordo com tal, ou tais. Se sua resposta é, não! Ou nenhum deles! Então, é o seguinte: Seu problema pode estar ligado a transtornos mentais de comportamento ou desvio de caráter. Ou, oscilações de humor que está ligado e associado à bipolaridade. Procure ajuda junto a um profissional, psicólogo (a). Mas, um (a) que seja dos bons! Porque tem uns por aí que, pasme, me da vergonha! Sem ofensas... Muitos passaram pela universidade, mas não permitiram que a mesma passasse por eles. Cumpriram o protocolo para obtenção de um diploma. Isso não vale para nada sem o acervo do verdadeiro saber que traz a cura aos transtornos do paciente. O verdadeiro amor se conjuga na harmonia de todos eles. Caso você vê sua parceira (o) na perspectiva apenas como, Ex: “Éros”, não sabe o que é amar. Ninguém é obrigado (a) a se submeter a uma instrumentalização erótica que te satisfaça a seu bel-prazer. Procure ajuda! E serás uma pessoa que ama e, certamente, será amado (a)! É isso! Muitos confundem amor com paixão. Não se esqueça: paixão é incendiaria, traz brigas, destrói, mata e leva ao confinamento de uma relação. O amor é cerenário, pacífico e sempre está em busca da felicidade alheia!

— Rodrigo Santos, teólogo (Santa Cruz do Rio Pardo-SP)

O reboco da retrofit

O sucesso não consiste em ser A arquitetura política no Brasil precisa de grande reformulação, a começar pelo reforço das identidades partidárias, hoje esgarçadas como pano roto imprestável. Partidos abandonaram seus programas iniciais, arrastados pela débâcle das ideologias, cujo marco foi a derrubada do Muro de Berlim.

O socialismo clássico perdeu as estribeiras, o liberalismo mais parece uma parede rebocada a todo momento, ao gosto do experimentalismo de governantes sem rumo fixo, enquanto a social-democracia se estiola, perdendo substância.

Por aqui, o esforço de renovação tem se concentrado na superfície, mais claramente no nome da sigla. O DEM, que substituiu o PFL, se esforçou para apagar sua ligação com a ditadura militar. O PMDB, mais recentemente, tirou o P de partido, mas não conseguiu acender a velha chama que Ulisses Guimarães carregou por anos a fio, sob os hinos da liberdade, dos direitos humanos e da democracia. Bolsonaro tenta criar um partido para chamar de seu, o Aliança pelo Brasil, cujo escopo aponta para três Bs: boi, bíblia e bala.

Cheguemos perto do PT. Onde está a coluna vertebral do ente criado em fins dos anos 80 no ABC Paulista, sob o calor do chão de fábricas, o grito rouco de Lula, a bandeira vermelha do socialismo e a corrente uníssona de trabalhadores? Hoje, o PT está no epicentro da crise política que, há tempos, massacra a imagem de protagonistas, muitos expulsos da vivência congressual pelo voto, alguns detidos e outros respondendo a processos.

O PT está na caldeira fervente da Operação Lava-Jato. A sigla saiu da redoma do exclusivismo ético e moral em que se refugiou por muito tempo. Já não tem credibilidade para fazer a pregação entre “nós e eles”. O PT, como outros entes partidários, pode fazer algo para limpar sua fachada?

O governador do Maranhão, Flávio Dino, apontou uma pista. Estreita, mas pode ser o início de ampla remodelagem. Sugeriu a mudança de nome. Surgiu até a expressão “retrofit”. Esse termo, surgido na Europa e Estados Unidos, significa “colocar o antigo em forma” (retro do latim “movimentar-se para trás” e fit do inglês, significando adaptação, ajuste). Na arquitetura, abriga um conjunto de ações de modernização e readequação de instalações. O objetivo é preservar o que há de bom na velha construção e adequá-la às exigências atuais.

Fiquemos, por enquanto, na mudança de nome. Dará resultados? Depende. Colocar uma embalagem nova num produto desgastado mais parece um drible para enrolar eleitor. Mudar nome de partido sem mudar as pessoas ou reinserir um programa ideológico é querer dar uma solução perfunctória, inútil. Como se diz no vulgo: tapar o sol com peneira. Mas pode ser a chave para abrir a porta.

Nesse ponto, convém lembrar o conceito de identidade e de imagem. Identidade é a soma do escopo programático, tradição, lutas, história de sucesso e insucesso, quadros, enfim, tudo que lembre a grandeza do partido. Imagem, por sua vez, é a projeção da identidade, a percepção sensitiva captada pelos cidadãos, a ideia que se tem da agremiação.

A imagem dos partidos brasileiros está no fundo do poço. E sua elevação para níveis satisfatórios não se dará apenas por meio de artifícios do marketing, o que chamo também da cosmética partidária. Voltemos ao exemplo da parede. Pintar uma parede velha sem mexer no reboco poderá deixá-la bonita por pouco tempo. Desabará se não receber massa para sustentá-la.

Mais que retrofit imagético, os partidos deverão mexer em sua completa engenharia, montando uma base de conceitos e programas, um arsenal de compromissos, estruturas sólidas capazes de suportar as tempestades da política. E o que acontecerá se as siglas não se vestirem com o manto de conteúdo? Ora, afastamento progressivo da sociedade. Os eleitores acabarão votando em figuras do momento, aventureiros, impostores, perfis canhestros e sem preparo.

Sob essa teia, entraremos nas próximas rodadas eleitorais. Não se percebe no horizonte nenhum sinal de renovação partidária, a partir das premissas aqui expostas. Um ou outro partido, como o Novo, engatinham na trilha mudancista. Mas uma andorinha só não faz verão. E tem faltado a essa sigla capacidade de comunicação e de articulação social.

— Gaudêncio Torquato, jornalista (São Paulo-SP)

Valorizar a cultura brasileira

A cultura brasileira e uma das mais pujantes e criativas do mundo, porque aqui - como bem observou Gilberto Freyre - a miscigenação contou a nosso favor. Mesmo assim, com muitas lutas é que foi possível superar as barreiras de preconceitos e até mesmo do racismo, não tão intenso com em outros países. A convergência de raças e povos permitiu uma cultura plural e original, agregadora. Por isso não faz sentido a atual polarização ideológica que vivemos, no momento. Daí a crise cada vez mais evidente no campo da Educação e Cultura, em nosso País. Tudo isso ocorre porque muitos dos que ocupam hoje os altos postos de comando, no governo, parece desconhecer a vitalidade e diversidade da nossa cultura. Daí os embates atuais que estamos acompanhando.

O que esperar então da atriz Regina Duarte, confirmada como a nova Secretária da Cultura do governo Bolsonaro? Que ela realmente mostre ser capaz de compreender o valor e a riqueza da nossa cultura, dialogando com todos, para buscar uma “pacificação com a classe artística”, que não seja a imposição de uma visão ideológica única. Se houve a justa crítica da hegemonia cultural de esquerda, dominando imprensa, universidades e tudo mais, o que não podemos aceitar que se busque - com os mesmos métodos da esquerda, uma hegemonia cultural de direita, porque isso é reduzir o universo cultural e político, a um engessamento nada promissor. por isso é preciso haver diálogo e abertura, sem que se fique refém da camisa-de-força ideológica.

O governo pode defender princípios e valores, mas não impô-los, pois vivemos numa democracia, que requer saber trabalhar com as diferenças e a diversidade. Por isso esperamos que haja menos hostilidade e mais disposição a compreender o sentido da nossa cultura, para que possamos ver iniciativas de fomento à cultura, que favoreça os grandes talentos brasileiros, em todas as partes do País. O Brasil tem muito a oferecer ao mundo, e só conseguiremos alcançar melhores condições, se soubermos fazer jus à nossa tradição acolhedora e convergente do que há de melhor em todas as culturas.

— Valmor Bolan, professor (São Paulo-SP)

REPERCUSSÃO ONLINE:

PROJETO CONCEDE UMA ANISTIA

RETROATIVA AOS VEREADORES

FALTOSOS

Via Facebook:

Murilo Sala me decepcionou muito ao compactuar com esse projeto.

— Eder Camilo (Santa Cruz do Rio Pardo-SP)

—oOo—

Estamos de olho nesses vereadores. Não vi nenhum projeto que realmente deu o que falar.

— Elizabeth Ziglio (Santa Cruz do Rio Pardo-SP)

—oOo—

Gente, em outubro tem eleições. Vamos nos lembrar deles...

— Ademir Aparecido Carnavale (Santa Cruz do Rio Pardo-SP)

—oOo—

Uma vergonha. Fazem leis que os favorecem. Está em nossas mãos fazer uma limpeza nesses vereadores.

— Israel Paulo Augusto (Santa Cruz do Rio Pardo-SP)

DEPRESSÃO: UMA

DOR 
EM FAMÍLIA

Via Facebook:

Me tratei com remédios naturais na farmácia de manipulação ao lado da loterica. Falei com a farmacêutica que havia mais de sete anos lutava com remédios que só dopavam. Após o uso desse natural, fui sentindo melhora a cada mês e, hoje, estou praticamente curada.

— Ana Maria Oliveira (Santa Cruz do Rio Pardo-SP)

—oOo—

Estou passando por isso no momento.

Há epocas em que fico bem. Depois um tempo, parece que tudo desaba. E o tratamento é muito caro.

— Ruth Mary Costa (Santa Cruz do Rio Pardo-SP)

—oOo—

Estou passando por isso também. É difícil, mesmo...

— Ana Silva Teixeira (Santa Cruz do Rio Pardo-SP)

“Fotos do Leitor”

Antiga residência e o Grupo Escolar

— Por Edilson Arcoleze:

A imagem é da residência do promotor público Viriato Carneiro Lopes, construída na década de 20. Ao lado, o Grupo Escolar de S. Cruz, inaugurado em 1915. As ruas Marechal Bitencourt e Benjamin Constant eram de terra. Fotografia cedida para o meus acervo pelo casal Valmiro Garcia e Otilia Siqueira de Andrade Garcia. 
SANTA CRUZ DO RIO PARDO

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