CULTURA

Artigo: ‘Aceite a doença’

Artigo: ‘Aceite a doença’

Publicado em: 09 de março de 2020 às 16:56
Atualizado em: 29 de março de 2021 às 21:15

Aceite a doença

Nayara Moreno

Da equipe de colaboradores

Todas as famílias devem aceitar os diagnósticos sobre as doenças que acometem os idosos. Sejam elas graves ou não. Aceitar não é se entregar ou “esperar a morte chegar”. Aceitar é ter entendimento da patologia e se preparar para enfrentar a doença com força e seguindo o tratamento da melhor e mais eficiente maneira.

O grande problema é quando as famílias se negam a concordar com o parecer médico. E essa negação tende a ser bem prejudicial ao tratamento. Acontece principalmente com doenças neurológicas e psiquiátricas. O Alzheimer, por exemplo. Alguns familiares não conseguem entender e aceitar comportamentos de agressividade, perda de cognição, esquecimento e gestos constrangedores.

Alguns familiares dão broncas no paciente. Outros acham que ele está exagerando. Tem gente até que fala que o paciente está fingindo. Um absurdo. No processo de negação, sempre aparecem “médicos” na família que sugerem tratamentos e métodos absurdos que, claro, não resolverão nada e podem deixar o doente ainda mais agitado e nervoso.

É aconselhável e importante que os familiares e amigos mais próximos estudem sobre a doença, leiam, procurem se informar. Isso é fundamental para melhor entendimento do que aquela pessoa querida está passando e qual a evolução da doença. O erro é quando o filho, o marido ou o neto se sentem “especialistas” no assunto e ignoram recomendações médicas e da enfermagem. O final da história sempre é ruim quando isso acontece.

A negação também pode se dar de outra maneira: a pessoa fingir que está tudo bem e que o idoso não está doente. Tentar tapar o sol com a peneira também não vai ajudar em nada. Dói ver o idoso doente, é triste, é desesperador algumas vezes. Mas ignorar a situação, como se isso fosse trazer a cura, não vai resolver, definitivamente. Outra maneira de não aceitar a situação é tentar minimizar a gravidade da doença. Isso também não é saudável.

Aceitar significa reconhecer a força do inimigo e reunir condições para enfrenta-lo. Aceitar é ter coragem, sabedoria e humildade para trabalhar em conjunto com os profissionais da área de saúde. Aceitar é ter inteligência emocional para não deixar o desânimo atingir quem está ao lado na batalha para a cura, a recuperação ou a estabilidade e qualidade de vida do idoso, dependendo do caso.

O maior ato de coragem e amor que a família tem quando descobre que o idoso está gravemente doente é assimilar o golpe e ter forças para seguir da melhor maneira possível. Isso inclui também em aceitar a ajuda, os conselhos e as condutas dos médicos e enfermeiras. 

*Nayara Moreno

é enfermeira

pós-graduada

e Responsável

Técnica pela

AleNeto Enfermagem 




  • Publicado na edição impressa de 1º/03/2020


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