CULTURA

João Ferreira: 'Os urubus que aqui gorjeiam'

João Ferreira: 'Os urubus que aqui gorjeiam'

Publicado em: 16 de março de 2020 às 20:49
Atualizado em: 28 de março de 2021 às 19:59

Os urubus que aqui gorjeiam

João Ferreira

Da Equipe de Colaboradores



POLÍTICA     Parte da população de Santa Cruz do Rio Pardo está vivendo momentos delicados. Há quase um ano, uma granja de porcos espalha um mau cheiro bastante forte pelo Jardim São João e adjacências, causando náuseas nos moradores.

Prefeito e secretários municipais não conseguem dar uma solução para a “inhaca”, “fedentina” ou “catinga”. Para o Secretário Municipal de Agricultura, “o produtor tem todo o direito de criar porcos” (DEBATE, maio/19). Questionado sobre a presença de urubus no local, o Secretário disse que “urubu é para isso mesmo”.

Pois é. Se o proprietário da granja tem o direito de criar porcos, a população tem o direito de não criar políticos que, embora muito bem pagos (quase R$ 8 mil para o Secretário e quase R$ 16 mil para o Prefeito), nada fazem para acabar com a porcaria (do mau cheiro).

Todavia, isso não é novidade. A inoperância do Prefeito, Otacílio Parras Assis, é conhecida: como exemplo, sequer conseguiu implantar um aterro municipal na cidade. Depois de quatro anos de espera e insucessos, passou a pagar cerca de R$ 500 mil à empresa Cavo Serviços e Saneamento pela destinação de resíduos sólidos (lixo). Quase meio milhão de Reais para levar o lixo embora, mesmo sabendo do problema desde 2012.

Voltando aos porcos da granja, a população tem o direito de ver o caso resolvido e as autoridades públicas municipais têm o dever de dar fim a esse cheiro repugnante, ou em 2020 as urnas darão fim a alguma coisa de podre no Reino da Jóia da Sorocabana.

Por enquanto, só resta a poesia: minha terra tem palmeiras, onde canta o urubu. As aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como em Ipaussu.

Tristeza não tem

fim; felicidade, sim

Apenas para não perder o timing, é preciso falar de um outro assunto: para quem já teve políticos brilhantes como Pedro Camarinha, Leônidas do Amaral Vieira, Pedro Cesar Sampaio, Abelardo Pinheiro Guimarães, Lúcio Casanova Neto, Cyro De Mello Camarinha, José Carlos Camarinha, Carlos Queiroz, Wanda Rios Teixeira Coelho, Sebastião Botelho de Souza, José Eduardo Piedade Catalano e Angelo Aloe, dentre outros, ter vereadores como Cristiano Miranda e Marco Cantor é desalentador. No caso do vereador de 369 votos (menor votação entre os eleitos), a situação é mais triste ainda. Afinal, foi eleito o pior vereador da Câmara Municipal em enquete realizada nas redes sociais em 2019, chegou a entregar cheques de devolução de dinheiro público da Câmara Municipal à Prefeitura para enaltecer a economia feita (não é um dever de todo agente público?), foi às ruas para defender um aumento no IPTU e talvez seja obrigado a devolver dinheiro em razão de supostas ausências em sessões solenes do Poder Legislativo, conforme noticiado na imprensa local. Dá até vontade de cantar: tristeza não tem fim. Felicidade, sim.

* João Ferreira é advogado em S. Cruz



  • Publicado na edição impressa de 08/03/2020


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