CULTURA

Associação de tecelãs fabrica máscara artesanal em S. Cruz

Associação de tecelãs fabrica  máscara artesanal em S. Cruz

Publicado em: 23 de março de 2020 às 10:18
Atualizado em: 29 de março de 2021 às 21:12

Produto é fabricado manualmente por

duas costureiras, e os modelos são diversos

André Fleury Moraes

Da Reportagem Local

Num momento em que a população busca, desesperadamente, comprar máscaras protetoras — apesar de especialistas dizerem que são desnecessárias — a Associação dos Artesãos de Santa Cruz do Rio Pardo decidiu fabricá-las manualmente.

Representante da associação, Regina Pitol diz que a ideia de fabricar o produto veio da necessidade. “Muita gente procura, mas já não há estoque”, afirmou.

São várias tecelãs na casa. Elas produzem máscaras dos mais diversos modelos — coloridos, pretos e brancos ou listrados.

E embora médicos afirmem que as máscaras não sejam de fato necessárias para aqueles que não estão contaminados, Regina diz que “ninguém sabe da vida do outro”. “De repente a pessoa é imunodeprimida, por exemplo”, declarou.

Máscaras diversos e para todas as idades



Para a fabricação das máscaras, as tecelãs tiveram de se alongar em uma pesquisa durante horas para descobrir qual tecido usar e de que maneira costurá-lo. “Tem que ser um tecido 100% algodão, que possa ser higienizado e passado com ferro quente”, explica Regina.

Até o momento, duas costureiras conseguem produzir o que a demanda exige. O trabalho pode aumentar. Regina afirma que os clientes que mais encomendaram as máscaras até agora são homens. “E eles pedem as mais discretas. Em geral, pretas”, conta.

A recomendação é para que sejam compradas duas máscaras. O cliente, assim, alternaria o uso de cada uma durante o período de risco do coronavírus.

Cada uma custa R$ 10, valor mais barato do que a maioria das máscaras vendidas em outros lugares. “Nosso objetivo é ser companheiro neste momento. E não ganhar dinheiro”, diz Regina.

Uma das tecelãs da “Casa do Artesão” é Nilza Sasso. Ela costurou durante a vida toda, mas nunca havia produzido uma máscara. Apesar disso, não enfrentou dificuldades. “Para nós, que mexemos com isso, não é difícil”, diz.

Criativa, Nilza é uma das responsáveis pelo planejamento dos modelos. Há para crianças, adolescentes e adultos — todos com suas respectivas características. Até mesmo com corujas desenhadas.

A parte mais difícil da fabricação é o acabamento, quando as máscaras são esterilizadas com ferro quente. O toque final são algumas dobras especiais que dão versatilidade ao produto.

Ex-inspetora de alunos, Nilza pôde voltar a costurar depois que se aposentou. Entrou na Associação dos Artesãos há mais de dez anos e se apaixonou

Como comprar:

Facebook: Casa do Artesão

WhatsApp: (14) 99683-9106







Prédio da antiga Câmara



Sem visar lucro, Casa do

Artesão paga até aluguel


Apesar de a Casa do Artesão de Santa Cruz do Rio Pardo não possuir fins lucrativos, a associação paga aluguel todo mês e não possui sede própria.

O prefeito Otacílio Parras (PSB) já cogitou ceder o prédio da antiga Câmara Municipal, em uma das esquinas da praça Leônidas Camarina, para a associação. Mas a promessa ainda não foi adiante.

E se antes da crise do coronavírus a Casa do Artesão já enfrentava dificuldades financeiras, a situação deve piorar a partir de agora, já que a obrigação legal é manter as portas fechadas.

“Por que não subsidiar a Associação por uns dois ou três meses até este problema passar?”, sugere Regina a Otacílio.

Segundo ela, a cessão do prédio da antiga Câmara já seria um alívio para a Casa do Artesão. “Pelo menos deixaríamos de pagar aluguel, o que já é difícil”, afirma Regina.

Hoje, a associação sobrevive somente com a venda de artesanatos. 



  • Publicado na edião impressa de 22/03/2020


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