CULTURA

Nacionalista, Brizola foi um dos grandes líderes do País

Nacionalista, Brizola foi um dos grandes líderes do País

Publicado em: 14 de junho de 2020 às 13:30
Atualizado em: 30 de março de 2021 às 05:40

Ele foi engraxate e quase chegou à presidência da República

Sérgio Fleury Moraes

Da Reportagem Local


Poucos políticos foram tão carismáticos, questionadores e patriotas como Leonel de Moura Brizola. O gaúcho de Carazinho-RS foi o único político brasileiro que se elegeu governador pelo voto direto em dois estados, aliás duas vezes pelo Rio de Janeiro. Nos dois estados, revolucionou a educação, com a construção de milhares de escolas. No Rio de Janeiro, por exemplo, o “sambódromo” mais popular do País atende, depois do Carnaval, milhares de crianças em período integral.

Antes de se transformar em líder político, Brizola foi engraxate, graxeiro e ascensorista até se formar engenheiro civil graças a uma bolsa de estudos.

Sua inspiração foi a carta-testamento de Getúlio Vargas. Por isso, foi considerado herdeiro não apenas de Getúlio, mas do cunhado João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964.

Lutou contra conglomerados estrangeiros que sempre ameaçaram a soberania brasileira. Defendeu como poucos a necessidade de reforma agrária, a mesma implantada em vários países democráticos. Chegou a fazê-la parcialmente, quando era governador do Rio Grande do Sul.

Foi Brizola quem impediu que o golpe militar acontecesse três anos antes, quando Jânio Quadros renunciou à presidência. A “linha dura” dos militares não queria dar posse ao vice, João Goulart, temendo suas posições mais à esquerda. Brizola, então governador gaúcho, comandou a “campanha da legalidade” que contagiou o País e a democracia foi preservada.

Quando a ditadura finalmente foi implantada, em abril de 1964, Brizola tentou resistir, em vão. Fugiu para um longo exílio no exterior e voltou em 1979 para um recomeço que o levaria ao governo do Rio de Janeiro e a candidato presidencial.

Aliás, em 1982 Brizola denunciou um escândalo de manipulação da contagem de votos, envolvendo a empresa Proconsult e a Rede Globo. A apuração paralela iria derrotá-lo, mas a Justiça agiu e Brizola foi eleito.

Imbatível numa tribuna, Brizola soube ser conciliador quando necessário. Aceitou ser o candidato a vice de Lula em 1998, o mesmo que batizou, anos antes, de “sapo barbudo”. Em 1989, faltaram poucos votos para levá-lo ao segundo turno contra Collor de Mello, no lugar de Lula.

Morreu em 2004, vítima de infarto agudo. Foi sepultado em São Borja, no Rio Grande do Sul, debaixo de honras do governo e da população que tanto o amou. 

Leia mais:

O santa-cruzense "conterrâneo" de Leonel Brizola



  • Publicado na edição impressa de 7 de junho de 2020


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