CULTURA

Sampaio Gouveia: "Parabéns ao DEBATE"

Sampaio Gouveia:

Publicado em: 06 de outubro de 2020 às 00:03
Atualizado em: 29 de março de 2021 às 20:01

Parabéns ao DEBATE

Luiz Antônio Sampaio Gouveia *

Menino, lia três jornais. Em minha casa, o Diário de São Paulo, de Assis Chateaubriand, o Estadão, do Doutor Julinho Mesquita, de quem não me esqueço de seu semblante a externar absoluta rigidez de caráter, quando o vira, pela primeira vez, em festividade, na casa de seu sobrinho, Juca Mesquita, o que muito e sempre ainda me impressiona. Da casa de meu avô, lembro-me em eu ser leitor, da Folha da Manhã, então uma edição da Folha de São Paulo. Depois, na juventude, li O Brasil Urgente, uma publicação de esquerda, mas o que me fascinava mesmo era A Tribuna de Imprensa, do Carlos Lacerda e depois, do ferrabrás, Hélio Fernandes; passando pelo Pasquim e pelo Jornal do Brasil, hoje e de vez em quando, folheando o Globo e não perdendo A Folha de São Paulo, o Piauí e por vezes, um ou outro jornal estrangeiro. Outras, o Correio Brasiliense. Mas a festa em minha casa é mesmo, quando chega o DEBATE, que me mata cada vez mais, saudades da nossa Santa Cruz.

O jornalismo brasileiro – e de muitos outros lugares do mundo - sempre foi o incomodo das ditaduras e dos governos arbitrários, confundindo-se com a luta política e se ele se moderniza como instrumento de divulgação e marketing, isto é uma exigência da necessidade de sobrevivência financeira, que não lhe faz perder o viés político.

Hipólito José da Costa, considerado o precursor do jornalismo brasileiro, embora editasse seu Correio Brasiliense, de Londres, nos de 1800, defensor da Liberdade, maçom, Ordem que se identifica com ela, na História da Humanidade, foi perseguido pelo Tribunal de Inquisição Português, não obstante depois se reconciliasse com a Monarquia Portuguesa. Mas é graças à feição de Quarto Poder, que a Liberdade de Imprensa se inscreve como garantia fundamental em todas as constituições do mundo democrático.

Da imprensa santa-cruzense, lembro-me de A Cidade, do Regional e da Folha e vou até Ourinhos, em que destaco o Diário da Sorocabana, mas nenhum deles superou o DEBATE, que desponta mesmo como um órgão de respeitabilidade nacional, como posso assegurar, enquanto ando, por aí, na minha Advocacia, sim, com letras maiúsculas porque é uma instituição constitucional.

Conheci o DEBATE como O Furinho, nunca mais deixando de lê-lo e admirá-lo. Por vezes nele colaborando, às vezes, nem sempre com ele concordando, mas sempre tendo a consciência da importância de sua presença, na cultura santa-cruzense.

Quando, recentemente fui convidado a nele escrever, pareceu-me um dever, realçar aspectos do Novo Direito que se constrói no Brasil, por uma inevitável modernização de nossas instituições tendentes ao progresso e à maior Liberdade de nossa gente. Entretanto, devo  homenagear o Serginho, por seus 43 anos de luta. Parabéns!

Não posso dizer que o DEBATE seja maior de que a nossa Santa Cruz do Rio Pardo; mas que ele a faz grande, ah lá, sem dúvida e muito cada vez maior; isso, sim, é a mais pura e certa verdade.

* Luiz Antônio Sampaio Gouveia é santa-cruzense e advogado em São Paulo



  • Publicado na edição impressa de 20 de setembro de 2020


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