CULTURA

Sampaio Gouveia: "Happy new year!"

Sampaio Gouveia:

Publicado em: 06 de janeiro de 2021 às 08:20
Atualizado em: 27 de março de 2021 às 01:56

Happy new year!

Luiz Antônio Sampaio Gouveia *

Ou seja: Feliz Ano Novo!

Ariano Suasuna convidado a palestrar em uma faculdade do Nordeste, que a anunciava como venha ver um show, recusou-se a dar a palestra, até que se mudou o título para venha ver um espetáculo e Suasuna então palestrou. Sou da época em que, nas Arcadas, somente se admitia o Português corretíssimo, sem a utilização de palavras de outras línguas, aportuguesadas, para se escrever. Não se admitia o galicismo quer dizer o francesismo (que seria escrever detalhe, por exemplo, substantivo, que tem origem em palavra francesa), o anglicismo (o show a que se referiu Suasuna, que é palavra que vem do inglês) ou o oriundo (que poderia ser um peninsularismo italiano, quando, em Português, ele fosse usado como originário, adjetivo). Em Portugal, o respeito à pureza e integridade da língua é total. Diz-se, por exemplo, Carlos Marx (para identificar Karl Marx), João Kennedy (referindo-se ao presidente americano assassinado) ou Zé Biden (quando for para se referir a Joe Biden, se é que a formalidade portuguesa admitiria chamar de Zé, um Presidente da República) ou telemóvel, dentre outros preciosismos, para se referir ao celular, que é o cell phone, descoberto pelos americanos.

Hoje, quando todas as áreas de conhecimento, no Brasil, para designar elementos do novo normal, se valem de anglicismos e talvez e em breve de mandarinismos (já que o mandarim, dialeto falado em Pequim, é o chinês oficial), não creio que isto seja desprezar a Língua Portuguesa que Fernando Pessoa disse que é nossa Pátria e que, para mim, é!

É que, em verdade, em meus devaneios de mameluco (e, pois, universal), acredito ser minha Pátria maior a Humanidade, em mundo globalizado em aldeia global.

Neste mundo universalizado, em que se esperava fosse usada uma língua universal, o Esperanto (que vem de esperança), no qual atualmente o inglês é a língua de todos os povos, embora línguas, como o italiano e o português (percebam que cada som de nossa linguagem portuguesa vem do coração), sejam imbatíveis em sua beleza a musicalidade, daí, não me constranjo em dizer Happy New Year para desejar Feliz Ano Novo a todos os meus amigos e leitores deste Jornal, porque o moderno constitucionalismo é a universalidade na diversidade.

Veja, por exemplo, a pandemia que é interplanetária e que agora, pode ser diversa e regionalizada com o infeliz surgimento de novas cepas, aqui, lá e acolá. Afinal tudo é diverso no universal.

Mas não temamos. O Apocalipse não é o fim do Mundo, contudo o nascimento de uma nova civilização em que o alinhamento de Júpiter com Saturno (dizem ser a estrela de Belém), prenuncia a tão esperada Era de Aquário, uma época de paz real.

Contudo como dissera um velho e folclórico político brasileiro (ainda bem que não era maluco, no mínimo, como hoje os há em profusão, em nossa política): fé em Deus e pé na tábua. Como dissera igualmente Fernando Pessoa, a fé é o instinto da ação. Daí, feliz ano novo! Contudo, de máscara, para tentar poder curtir a Era de Aquário, se ninguém nos atrapalhar, desde o Planalto Central, que não queremos ir à planície dos desesperados.

* O santa-cruzense Luiz Antonio Sampaio Gouveia é advogado em São Paulo



  • Publicado na edição impressa de 25 de dezembro de 2020


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