CULTURA

Antiella Carrijo Ramos: 'O imprevisível'

Antiella Carrijo Ramos: 'O imprevisível'

Publicado em: 10 de dezembro de 2020 às 10:21
Atualizado em: 30 de março de 2021 às 06:42

O imprevisível

Antiella Carrijo Ramos

O ano começou feliz, confiante e bem disposto. Todo novo ano se apresenta em nossa vida como uma grande possibilidade de sermos humanos melhores, na busca incessante de superarmos nossas dificuldades, defeitos e desenvolvermos habilidades para que possamos evoluir como pessoa e também como sociedade. Para este ano desejei construir tantas coisas! Fiz planos, elaborei mentalmente projetos profissionais e pessoais, almejei fortalecer vínculos de afeto e me abrir para as tantas possibilidades que a vida pudesse me oferecer. Mas a vida nos pregou uma grande peça!

Quando anunciaram a pandemia, do outro lado do mundo, não acreditei que ela chegaria até nós. Naquele momento, confesso que não compreendi a gravidade do que acontecia e subestimei as consequências que teríamos em nossas vidas. Em poucos meses a pandemia chegou e com ela chegou também o distanciamento, o isolamento e o medo de algo que não conhecíamos. Sem compreender o que estava acontecendo, assistimos o mundo entrar em quarentena, conviver com a morte diariamente e desejar o sucesso da ciência na descoberta de uma cura. Sem nenhum planejamento prévio tivemos que nos afastar e foi decretado que os encontros, os abraços e os afagos estavam proibidos, o uso de máscaras a partir de agora era obrigatório, o cheiro de álcool nunca mais sairia de nossas memórias e nossos afetos foram encapsulados dentro das telas. E assim, desavisados, tivemos que nos reinventar. Tudo mudou e, as duras penas, sentimos o que é a imprevisibilidade da vida e tivemos certeza da nossa humanidade vulnerável. O mundo está sob uma grande tempestade e não estamos no mesmo barco.

Tenho buscado aprender a lidar com essa nova realidade, tentando desenvolver em mim habilidades como paciência, resiliência, serenidade e otimismo. Para isso me conectei aos meus sonhos, nas histórias que me empoderam, nas pessoas que amo, na arte que me transforma e assim continuo essa travessia. E neste misturado de emoções e sentimentos me apego na concretude daquilo que já vivi, desejando que tudo isso passe logo. E enquanto estes tempos mais felizes não chegam, a gente segue vivendo, porque temos memórias, construímos histórias e elas nos acalentam a alma e aquietam os nossos corações. Fiquem em casa!

Antiella Carrijo Ramos é psicóloga em Santa Cruz do Rio Pardo

 

 

 



     
  • Publicado na edição impressa de 29 de novembro de 2020



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